Uma combinação de diversas tecnologias pode permitir em um futuro próximo que as eleições sejam decididas pelos smartphones. É o que planeja a Vsoft, que apresentou para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma proposta que alia biometria digital e facial, QR code, criptografia, blockchain e recursos de verificação.

A empresa foi uma das 30 classificadas pelo tribunal para apresentar no primeiro turno das eleições municipais (no dia 15 de novembro) sua proposta de tecnologia para substituir a urna eletrônica. Os testes da Vsoft foram realizados em Curitiba (PR) e acompanhados pela juíza Simone Trento, do TSE.

O product manager da Vsoft, Fabio Falcão, explica que a solução apresentada levou em conta a realidade brasileira, portanto não é totalmente remota. “O eleitor já cadastrado, de posse de sua carteira digital, deve ir a qualquer seção eleitoral, onde será recebido por um mesário. Ele verificará sua multibiometria, ou seja a biometria facial e digital, depois será gerado um QR code único. O voto vai para uma urna virtual sem a possibilidade de descriptografar o dado. É uma estrutura que faz parte de uma cadeia de confiança”, explicou para Mobile Time. Segundo Falcão, uma solução 100% remota poderia comprometer o voto secreto, uma vez que em muitas regiões do Brasil eleitores ainda são coagidos a votar em apenas um candidato. “Trata-se de mais segurança para o ambiente brasileiro. No exterior, o sistema permitirá que os eleitores votem remotamente”, disse.

O TSE ainda está analisando as propostas, que deverão ser encaminhadas ao ministro Luis Roberto Barroso até o final do ano.

 

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