Facebook

Mark Zuckerberg, CEO do Facebook

A partir de janeiro de 2021 o Reino Unido terá novas regras para regular concorrências para prevenir que Google e Facebook usem seu domínio para eliminar empresas de menor porte. E para aplicar o novo código foi criada uma nova unidade dentro da Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA em inglês), a Unidade de Mercados Digitais. Sua missão será analisar a concentração de poder das duas empresas norte-americanas na região. As duas juntas dominam o mercado de publicidade digital, respondendo por cerca de 80% dos 14 bilhões de libras gastos em 2019, segundo o regulador de concorrência. Elas eliminam as concorrentes menores, prejudicando, assim, os consumidores.

Vale lembrar aqui que, em outubro, segundo a 11ª edição do relatório da AppsFlyer, Google e Facebook seguem como as principais ferramentas de publicidade móvel do mundo. Segundo a 11ª edição do relatório da AppsFlyer, as duas empresas lideram a maioria dos rankings da análise.

A Unidade de Mercados Digitais, que começará a funcionar em abril, poderá ter poderes para suspender, bloquear e reverter decisões tomadas por empresas de tecnologia e impor penalidades financeiras em caso de não conformidade.

As empresas terão que ser mais transparentes sobre como usam os dados do consumidor e as restrições que dificultam o uso de plataformas rivais serão banidas, disse o governo, acrescentando que as regras também apoiarão a indústria de notícias, reequilibrando a relação entre editoras e plataformas.

Google; Sundar PichaiTanto Google quanto Facebook declararam que estão comprometidas em trabalhar com o governo e com o regulador britânico em publicidade digital, inclusive dando aos usuários maior controle sobre seus dados e os anúncios que são veiculados.

A CMA já analisa uma queixa feita por Markets of an Open Web (MOW) – coalizão de empresas de tecnologia – que reclamou que o Google está modificando o navegador Chrome e as ferramentas do desenvolvedor Chromium para tentar obter maior controle sobre editores e anunciantes. A autoridade ainda vai decidir que a reclamação justifica uma investigação formal.

 

 

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