O deputado federal Celio Studart (PV-CE) pretende endurecer as penas previstas no Código Penal para quem cometer fraude ou invasão a dispositivos informáticos. Atualmente, a legislação prevê pena de detenção de três meses a um ano para esses crimes. Pela proposta, passariam de dois a cinco anos, além de multa. A pena será agravada se os crimes forem cometidos contra uma pessoa idosa.

Em meio à pandemia do novo coronavírus, os ataques cibernéticos aumentaram 333% no Brasil, aponta um levantamento da Kaspersky, fabricante de softwares de segurança. O estudo diz que, somente em abril deste ano, o Brasil foi alvo de mais de 60% dos ataques identificados pela companhia na América Latina. O estudo aponta ainda que os idosos são os alvos mais fáceis dos criminosos, pois têm menos intimidade com as redes sociais e mais dificuldade de diferenciar o que é fraude e o que é legítimo.

De acordo com o deputado Celio Studart, fraudadores lançam mão da vulnerabilidade dos idosos e encontram diversos meios para cometer o crime, que, ao longo do tempo, foram se diversificando e ficando mais sofisticados. Ele citou a clonagem de telefones, geração de boletos falsos e o uso de vírus e/ou ferramentas de phishing.

Especialistas em segurança nas redes se dedicam, cada vez mais, ao desafio de encontrar soluções que possam atender a esta faixa etária específica. “O crime cibernético virou meio de vida pra muita gente. Quando falamos de sistemas usados por idosos precisamos desenvolver produtos seguros, e que, ao mesmo tempo, não dificultem a acessibilidade. Se o idoso não conseguir acessar o sistema, vai desistir rapidamente”, afirmou ao Mobile Time Matheus Jacyntho, gerente sênior de cybersecurity e privacidade de dados da ICTS Protiviti.

 

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