GSMA; 5G

O Brasil vai liderar a adoção da tecnologia 5G na América Latina ao longo dos próximos cinco anos, de acordo com as projeções da GSMA, em relatório publicado nesta semana. A expectativa é de que, em 2025, 18% da base total de conexões móveis brasileiras serão 5G, o maior percentual na região. O México virá em segundo lugar, com 12% da sua base com 5G daqui a cinco anos.

Ainda de acordo com a GSMA, a participação do 4G no Brasil passará de 76% para 81% das conexões ao longo dos próximos cinco anos. Paralelamente, o 2G cairá de 10% para 1%, limitado basicamente a soluções de comunicação entre máquinas. E o 3G, que hoje corresponde a 15%, vai desaparecer do País, com os dispositivos migrando para 4G ou 5G. Isso não significa necessariamente o desligamento das redes 3G, cuja tecnologia ainda poderá ser usada em regiões sem cobertura 4G ou 5G.

O relatório prevê que a participação dos smartphones sobre a base de celulares no Brasil subirá de 85% para 89% entre 2019 e 2025. E a penetração de telefonia móvel na população brasileira passará de 70% para 75%.

Análise

Se por um lado é verdade que as operadoras brasileiras (como Claro, Vivo e TIM) já lançaram redes 5G (DSS) em algumas cidades, aproveitando o espectro que possuem, é importante lembrar que ainda não há certeza de quando acontecerá o leilão de novas frequências, como a faixa de 3,5 GHz. Espera-se que aconteça em 2021, mas tudo depende da aprovação das regras do edital pela Anatel. Há rumores de que o governo poderia proibir o uso de equipamentos da Huawei no 5G e, se isso acontecer, a questão pode ser judicializada, tanto pela fabricante chinesa quanto pelas operadoras, que não querem perder a parceira. Essa disputa atrasaria o leilão do 5G e, consequentemente, alteraria as projeções de adoção da tecnologia no Brasil.

 

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