| Publicada no Teletime | Na sessão do plenário virtual da Câmara dos Deputados que aconteceu nesta quarta-feira, 2, a deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) ressaltou a importância da decisão de Rodrigo Maia de criar um Grupo de Trabalho – que a parlamentar vai organizar e liderar – para acompanhar a implantação do 5G no País. Sobretudo, ela chamou a atenção para o impacto de se excluir a Huawei da lista de fornecedores de equipamentos para a implantação da tecnologia no Brasil, criticando o viés a.

“Não podemos aceitar que questões ideológicas e não técnicas estejam na frente do debate do 5G no Brasil”. Em seu pronunciamento, a parlamentar citou trechos de comunicado da Conexis Brasil Digital sobre o assunto e defendeu que as incertezas geradas pelo processo de licitação sejam resolvidas com transparência em todo o processo. “Esse ambiente de incertezas pode impactar o desempenho do setor, pois eventuais restrições implicarão em potenciais desequilíbrios de custos e de atrasos ao processo, afetando diretamente a população brasileira”.

Discussões técnicas

Almeida alertou que eventuais restrições a fornecedores do 5G podem afetar a integração da infraestrutura em uso, com consequência direta nos serviços oferecidos e nos custos associados. “O 5G será um vetor fundamental de crescimento do País, por isso o debate amplo é fundamental. Há um apelo das empresas para que as discussões sejam técnicas e não ideológicas, por isso é importante que a Câmara interfira no processo e não fique assistindo de camarote essa briga”.

Crise com a China

A decisão do presidente da Câmara Rodrigo Maia de criar um grupo de trabalho formado por parlamentares para acompanhar o processo de implantação do 5G no Brasil veio após após a forte resposta da Embaixada da China no Brasil às acusações feitas pelo filho do presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ).

Maia passou para a deputada Perpétua Almeida a incumbência de organizar o grupo e de assumir a posição de liderança do GT. Na ocasião, a parlamentar manifestou preocupação sobre a posição do Brasil na briga entre as duas superpotências, EUA e China, e informou que apresentou requerimento ao plenário da Câmara pedindo a destituição de Eduardo Bolsonaro da presidência da Comissão de Relações Exteriores Defesa Nacional da Casa. “Uma instituição que se deve dar ao respeito, não pode permitir que seus membros achincalhem outros países prejudicando históricas relações”, disse a parlamentar.

 

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