adquirência

O presidente do RappiBank no Brasil, João Paulo Félix, afirma que o banco pode explorar no futuro o mercado de adquirência como parte de suas ofertas e serviços financeiros para comerciantes associados. Em conversa com o Mobile Time nesta segunda-feira, 11, o executivo compartilhou em sua visão como pode ser essa dinâmica no cenário do meio de pagamentos. A fintech faz parte da estratégia da empresa para se tornar o super-app da América Latina.

A mudança no QR code é um assunto que deve ser tratado na nova fintech. Os códigos QR ganharam força recentemente, mas cada empresa ter o seu, disputando o balcão do lojista, não parece mais fazer sentido na era dos pagamentos instantâneos. “A batalha do QR code é uma questão que ficou em voga com os códigos QR proprietários. Esse espaço precisará ser reinventado depois do padrão do Pix e o custo baixo para os lojistas. Portanto, exploramos a ideia da adquirência. Pode estar no cronograma, mas hoje ainda não está nada definido”, afirma Félix.

Outro ponto que sofrerá transformações será a carteira do Rappi. A partir de agora, o Rappi Pay será incorporado à divisão do RappiBank. Segundo Félix, a ideia é manter e aprimorar esse meio de pagamento, inclusive com a adição do Pix nos próximos meses na wallet.

Estrutura

Félix entrou na operação do RappiBank em setembro de 2020. Desde então, o executivo adicionou 25 pessoas ao time, uma equipe multidisciplinar com profissionais oriundos de empresas nascidas na era digital. O próprio presidente do banco veio do mercado financeiro, mas a sua formação é como cientista de dados.

“A mudança não poderia ser melhor. Estou em uma posição que une minhas duas paixões: ciência de dados e serviços financeiros. Esse tipo de história será cada vez mais comum. Estamos vivendo em um mundo mais convergente, que começa no digital, vai para o online e para o offline. Terá cada vez menos barreiras. A verdade é: para sermos um super-app, precisamos nos aventurar em diversas verticais (com mais pluralidade). Não vamos parar por aí”, diz o executivo.

Atendimento

O RappiBank não terá chatbots para efetuar o atendimento de seus clientes. Félix afirmou que uma pesquisa exaustiva foi feita com clientes do aplicativo para entender suas necessidades. Por meio dessas respostas, a companhia percebeu que o desejo dos consumidores era ter um serviço de atendimento humanizado.

“Independentemente da segmentação que usávamos (na pesquisa), nós vimos que é imprescindível a questão do relacionamento. Pelas respostas, vimos que ele deve ser humanizado com menos URAs ou robôs. E, assim, respondemos ao mercado, entendemos a dor dos usuários”, diz o presidente do RappiBank.

“Essas ferramentas (chatbots e inteligência artificial) vão evoluir nos próximos anos, mas precisam ter melhorias. Até lá, queremos ter o contato direto com o cliente. Vamos aprender muito com as interações, mas também é aprender com ele (consumidor)”, completa.

América Latina

Importante dizer que a operação brasileira é a quarta na América Latina com RappiBank. As outras três (em operação ou processo de ativação) são México, Peru e Colômbia. Félix afirma que há proximidade e sinergia entre as quatro unidades, como o fato de estarem conectadas. Sobre o desenvolvimento de ações em conjunto, o presidente do banco explica que o desafio é a regulação e as particularidades locais: “Existem serviços que podem ser feitos no Brasil de uma forma, mas precisam ser realizados de outra no México. Mas estamos conectados”, relatou.

 

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