TIM

O vice-presidente de assuntos regulatórios e institucionais da TIM, Mario Girasole, acredita que o 5G Standalone (SA) pode ser acelerado por meio de políticas públicas. Durante sua participação no evento Lide Next nesta quinta-feira, 28, o representante da operadora acredita que apostar em padrões predecessores pode causar acomodamento.

“Precisamos ir o quanto antes para o 5G SA. O risco de investimento no NSA e DSS é se tornar um acomodamento. Se o 5G que pensamos é ‘aquele 5G’ que trará capacidades econômicas que imaginamos, nós precisamos do standalone”, disse Girasole. “Com isso, talvez o leilão tenha que trazer alguns incentivos para o SA”.

Para Marcelo Motta, diretor de soluções de cibersegurança da Huawei, o ideal é que as operadoras utilizem o 5G SA por ser mais avançado e agregar mais serviços, inclusive de baixa latência. Mas reconhece que dependerá da estratégia de cada tele.

“Imaginamos que as grandes operadoras com redes LTE vão reusar a rede 4G no 5G. Você usa o investimento já feito e deixa a rede LTE para voz, como tem sido feito ao redor do mundo. Contudo, o 5G SA é indicado para aplicações de baixa latência. Cada operadora vai adotar uma estratégia com base nos produtos e tecnologias que tem”, acrescentou Motta.

Neutralidade de rede x Network Slicing

Durante sua exposição no evento, Girasole ainda defendeu o uso do network slicing. Em sua visão, o fatiamento da rede é fundamental no 5G e que este uso deve ser endereçado aos parlamentares brasileiros, de modo que as operadoras não sejam enquadradas nas regras de neutralidade de rede do Marco Civil da Internet.

“Hoje, conceitualmente, a neutralidade não permite uma ampla gerência da rede. Mas a gestão do tráfego é o que faz o 5G. Existe uma colisão entre tecnologia e política pública que precisa ser enfrentada pelo legislativo”, afirmou o VP de regulamentação da operadora.

 

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