Os executivos de TIM e Ericsson pediram por uma política pública mais assertiva no governo em relação ao 5G. Durante o evento Lide Next nesta quinta-feira, 28, Leonardo Capdeville, CTIO da operadora, aposta na criação de um ciclo virtuoso do 5G na economia brasileira.
“Nesse ciclo virtuoso, nós começamos com o investimento do 5G. Teremos o investimento (nas redes) que vai alavancar a inovação, aumentar a nossa produtividade e crescer a economia, gerando mais consumo e bem-estar social, e, de novo permitindo mais investimentos na rede”, disse Capdeville.
Em sua visão, o CTIO da operadora afirmou que o ciclo virtuoso será fundamental para lidar com desafios em setores como educação, saúde e segurança. Citou a nota técnica do Ministério da Economia que indica o potencial de impacto positivo do 5G no PIB brasileiro em 4,6% (equivalente a R$ 250 bilhões) até 2035.
Por sua vez, Eduardo Ricotta, presidente da Ericsson no Brasil e Cone Sul, clamou pela instalação de um “Plano Nacional de 5G” para habilitar o potencial de transformação digital. Em sua explicação, o executivo levantou as seguintes bandeiras:
– Participação ativa do Brasil no 5G;
– Redução da carga tributária para telecom, que hoje é igual a joias, bebidas e cigarros;
– Leis mais duras na proteção dos dados cibernéticos;
– Incentivo à inovação, em especial na saúde e educação.
– E leilão não arrecadatório.
“O 5G acelerará o mundo dos negócios no mundo todo. Parte da pujança vem para o Brasil”, disse Ricotta. “O grande diferencial do 5G é a baixa latência no tempo de resposta. Começamos a dar instantaneidade aos serviços, que ganham inovação em suas infraestruturas. Tem uma inovação fantástica a ser feita”, completou.