5G

O CEO da Accenture na América Latina, Leonardo Framil, prevê que um leilão não arrecadatório de 5G aceleraria a instação da nova rede no Brasil. Por outro lado, o executivo disse durante o Lide Next, que aconteceu nesta quinta-feira, 28, que um certame arrecadatório poderia “estrangular” a capacidade de investimento das operadoras na quinta geração das redes celulares.

“A expectativa do leilão é para o primeiro semestre (de 2021). Os prazos são estreitos para que isso aconteça. Se tivermos um leilão arrecadatório, isso vai estrangular a capacidade de investir. E vamos demorar para ter benefícios. Agora, se tivermos um leilão que vá na direção correta, onde as empresas não vão investir em outorga de licença, mas em expansão da rede, aí sim nós teremos benefícios disso entre seis meses e um ano”, afirmou Framil.

O tema do leilão do 5G foi um dos mais abordados pelos executivos de TIM, Ericsson e Accenture.

Eduardo Ricotta, presidente da Ericsson no Brasil e Cone Sul, disse que o custo mais alto de espectro por cidadão está no Brasil, segundo uma pesquisa da fornecedora em 40 países. Em sua visão, um leilão que não busca arrecadar grandes quantias em troca de espectro colabora para fomentar a infraestrutura de telecomunicações e aumenta o número de conexões.

Por sua vez, o CEO da TIM, Pietro Labriola, afirmou que o 5G pode colaborar para alavancar a economia, abalada pela crise do novo coronavírus. Para isso, o executivo acredita que o leilão precisa ser desenhado com a contrapartida que as operadoras oferecerão para a construção da rede.

Outro executivo da operadora, Mario Girasole, vice-presidente de assuntos regulatórios e governamentais da TIM, lembrou que o atual certame colabora para dobrar as frequências de redes móveis no País: “Se tirarmos a banda milimétrica, a quantidade de espectro a ser leiloado será comparável com o espectro em uso hoje – depois de 20 anos de telefonia móvel. Ou seja, dobra as frequências. Isso aumenta a produtividade do País”.

 

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