Mate X2; Huawei

Imagem do vídeo de apresentação do novo dobrável da Huawei, o Mate X2

A Huawei apresentou nesta segunda-feira, 22, seu mais novo smartphone dobrável, o Mate X2. Apesar do lançamento ser com o Android 10, o aparelho poderá ser atualizado para o próprio sistema operacional da empresa chinesa, o HarmonyOS. O CEO do Consumer Business Group, Richard Yu, revelou no evento que a empresa lançará a versão 2.0 do OS em abril.

Configurações do smartphone

O Huawei Mate X2 apresenta uma tela de 8 polegadas quando desdobrado, ao lado de uma tela frontal de 6,45 polegadas. Na parte de trás do celular, há quatro câmeras – 50MP (wide), 12MP (telefoto), 8MP (periscope telefoto) e 16 MP (ultrawide). Na parte da frente, uma câmera para selfies com 16 MP (wide).

O processador é o Kirin 9000, o chip proprietário da Huawei, e o smartphone dobrável conta ainda com 8GB de RAM. A versão de 256 GB terá preço de 18 mil yuans (US$ 2,78 mil), enquanto o modelo de 512 GB terá preço inicial de 19 mil yuans (US$ 2,94 mil). O dobrável estará à venda na China a partir de 25 de fevereiro. A Huawei não informou se estará disponível nos mercados internacionais.

O Harmony

Mate X2

Richard Yu, CEO do Consumer Business Group da Huawei, revelou no evento que a empresa lançará a versão 2.0 do OS em abril

Em dezembro passado, a Huawei deu início aos testes beta do HarmonyOS 2.0 para dispositivos móveis para que os desenvolvedores pudessem ter uma visão antecipada do desenvolvimento do ecossistema. Inicialmente, os dispositivos Huawei P40, Mate 30 e MatePad Pro possuem um slot do programa beta que atualmente se limita ao mercado chinês. No entanto, eles também podem ser os primeiros a atualizar no HarmonyOS, além do Mate X2.

A fabricante chinesa planeja instalar o HarmonyOS em até 300 a 400 milhões de unidades em 2021. Esses dispositivos incluem dispositivos inteligentes da Huawei e de terceiros.

Vale lembrar que o Harmony é um sistema operacional que oferece suporte a novas plataformas de dispositivos, incluindo smartwatches, dispositivos domésticos inteligentes, sistemas automotivos e smartphones.

As sanções

Em 2019, o governo dos EUA colocou a Huawei na chamada Lista de Entidades, que restringia as empresas americanas de exportar tecnologia para a chinesa. Um dos maiores golpes para a Huawei foi o corte do sistema operacional Android do Google, importante para sua expansão internacional, uma vez que, dentro da China, os serviços do Google são bloqueados.

No ano passado, o governo Trump decidiu cortar o acesso da Huawei aos suprimentos de chips. A Huawei, então, começou a produzir sua própria linha de processadores, chamados de Kirin, que são fabricados pela TSMC, de Taiwan. Em maio, os EUA introduziram uma regra que exige que fabricantes estrangeiros que usam equipamentos americanos de fabricação de chips obtenham uma licença antes de poderem vender semicondutores para a Huawei.

As ações dos EUA forçaram a Huawei a vender sua marca de smartphones Honor, levantando questões sobre se a empresa poderia sair do negócio por completo. Mas o fundador da Huawei, Ren Zhengfei, disse este mês que a gigante da tecnologia “nunca” venderia seu negócio de smartphones.

 

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