A Cielo iniciou na semana passada um teste-piloto de pagamento por reconhecimento facial na Drogaria Iguatemi, no Shopping JK Iguatemi, em São Paulo, em parceria com a startup catarinense Payface (Android, iOS). O teste vai durar 30 dias. Depois, a rede de adquirência pretende levar a solução para outras drogarias e mercados que hoje são suas clientes. Alguns já estão demandando depois que souberam da novidade, afirma Ana Flávia Fusco, head do Garagem, célula de inovação da Cielo, em conversa com Mobile Time.
Para pagar com o rosto, o consumidor precisa primeiro baixar o aplicativo da Payface e se cadastrar. O onboarding demanda nome completo e CPF, além de uma selfie. Se a pessoa usa óculos, são tiradas duas fotos: uma com e outra sem o acessório. Em seguida, é preciso cadastrar um cartão de crédito no app. São aceitas as bandeiras American Express, Elo, Hipercard, Mastercard, Visa, JCB e Diners.
No estabelecimento comercial, o consumidor não precisa tirar a carteira ou o smartphone do bolso. Basta informar no caixa que deseja pagar com o rosto. No balcão, um celular aberto na versão do lojista do app da Payface encaminha o processo. O rosto do cliente é registrado e comparado com a base de usuários cadastrados. Também é verificado que a pessoa está viva, ou seja, que não se trata de um fraudador com uma foto do consumidor. Funciona inclusive com quem estiver usando máscara. Depois da identificação, a tela do celular exibe o valor da compra e os últimos dígitos do cartão usado para pagamento. Para finalizar, o usuário precisa aproximar a mão da câmera, gesto interpretado como seu aceite.
A transação é tratada como uma compra remota, sem requerer senha. O processamento do pagamento é feito pela Cielo. A taxa paga pelo lojista é a mesma acertada para o seu e-commerce.
“Somos a primeira adquirência a fornecer pagamento por rosto para o mercado”, diz a head do Garagem, célula de inovação da Cielo.
O modelo de negócios entre Cielo, Payface e estabelecimentos comerciais ainda não está definido. Uma das opções em estudo é o pagamento de uma taxa fixa por autenticação. A intenção é acertar esse modelo neste mês, durante os testes na drogaria Iguatemi, para poder expandir o serviço para outros estabelecimentos, explica Fusco.