A Vivo está avaliando a possibilidade de criar uma carteira digital para seus usuários pré-pagos, para que eles possam usar o crédito depositado não apenas em voz ou dados em telefonia celular, mas para a compra de qualquer coisa.
“Mais de 35% das recargas da Vivo são digitais. Por que não oferecer uma carteira digital? Hoje os clientes usam esse dinheiro apenas para comprar voz e dados. Entendemos que o mesmo dinheiro do pré-pago poderia ser usado para outros serviços. É um pensamento inicial para uma Vivo Wallet para pré-pagos”, disse Christian Gebara, CEO da companhia, durante a apresentação dos resultados financeiros de 2020, nesta quarta-feira, 24.
O executivo citou também a popularização do Pix como mais um motivador para o desenvolvimento do novo produto. “O Pix facilita as pessoas a terem uma carteira digital e a transferirem dinheiro. Vemos uma oportunidade para desenvolvermos nossa própria wallet”, completou. A força da marca Vivo e todo o big data trabalhado pela empresa com o histórico de uso de seus assinantes são considerados ativos que contribuiriam para o sucesso de uma carteira digital própria.
Vale lembrar que o CEO da TIM, Pietro Labriola, sugeriu no ano passado que as teles fizessem em conjunto uma carteira digital para pré-pagos. Gebara não comentou sobre a possibilidade de aliança entre as operadoras para esse projeto.
Vivo Money
Outro fator que anima a Vivo a avançar em serviços financeiros digitais é o sucesso do Vivo Money, seu serviço de empréstimos para clientes pós-pagos e controle. Lançado em outubro do ano passado, mas sem nenhuma campanha de marketing massiva, o Vivo Money registrou em dois meses um aumento de 2,5 vezes em novos contratos firmados por mês e de 2,4 vezes em valor emprestado. “Temos sido muito cautelosos e conservadores (nessa oferta). O Vivo Money é apenas um pedaço na nossa estratégia para o setor financeiro”, comentou.