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No ano passado, em média, 57% dos apps no Brasil foram desinstalados até 30 dias depois de baixados, segundo dados divulgados pela AppsFlyer nesta quarta-feira, 17. O estudo é baseado em uma volumetria global de 8 bilhões de instalações de 3 mil aplicativos que mensuram desinstalações e tiveram pelo menos 2 mil downloads não orgânicos em um mês.

Na divisão por sistema operacional no País, os usuários Android desinstalaram mais apps em 30 dias que consumidores de iOS, 60% contra 30% na comparação. Nota-se que as instalações não orgânicas (induzidas por campanhas de marketing) sofreram mais desinstalações ante instalações orgânicas (sem influência de ações), 59% contra 51%, respectivamente.

A AppsFlyer relaciona esses movimentos no Brasil ao fato de que é natural o sistema Android, dominante no País, ter mais aplicativos apagados, e de que muitos smartphones com o OS do Google têm pouca memória de armazenamento. Porém, o impacto da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV 2) no mercado mobile potencializou esses aspectos.

“Enquanto estavam em casa, todos se voltaram para seus dispositivos mobile. Do outro lado, os profissionais de marketing, especialmente de jogos, executavam campanhas agressivas de aquisição de usuários. Quando a atividade de instalação é alta e os usuários estão mais inclinados a testar novos apps, a desinstalação também aumenta”, explica a companhia em seu relatório.

Global

Na média global da AppsFlyer, a taxa de desinstalações em 30 dias subiu 3 pontos percentuais, de 48% para 51%, na comparação com novembro de 2019. Em termos de sobrevivência, um em cada dois apps são desinstalados 30 dias após o download. Os apps de jogos foram os mais apagados pelos usuários no período de 30 dias, com 60% no geral.

Além disso, a análise das desinstalações no mundo mostra um prejuízo de US$ 57 mil em média para os aplicativos com orçamento de marketing em 2020, sendo maior nas categorias de compras (US$ 120 mil) e alimentação (US$ 115 mil).

Os dados financeiros são calculados a partir de uma base de 2 mil apps com pelo menos 5 mil instalações não orgânicas por mês; e o valor se baseia principalmente no custo de mídia gasto por usuários que desinstalaram sem gerar nenhuma receita usando o app. O consumo de usuários que geraram receita antes de apagar o app foi levado em consideração, embora tenha sido pequena – menos de 5% geraram qualquer ganho.

 

 

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