O mercado global de entretenimento de vídeo sob demanda (VoD, na sigla em inglês) em casa e em dispositivos móveis registrou US$ 68,8 bilhões de faturamento em 2020, aumento de 23% comparado a US$ 56 bilhões do ano anterior. De acordo com relatório da Motion Picture Association (MPA), o crescimento do setor deu-se pelo mercado digital, uma vez que o físico foi fortemente afetado pela crise do novo coronavírus (Sars-CoV 2).
Citando dados da Omdia Digital Entertainment Group e uma pesquisa própria com 8 mil norte-americanos, a MPA indica que pela primeira vez o segmento de vídeo online (como os aplicativos de Netflix, Disney+ e Amazon Prime Video) registrou 1,1 bilhão de assinaturas, incremento de 26% ou inclusão de 232 milhões de assinantes no final de 2020. Em faturamento, este segmento cresceu 34% e chegou a US$ 59 bilhões.
Em comparação, a TV por assinatura a cabo caiu 2% para 530 milhões de clientes globais. Por outro lado, essa modalidade de TV fechada continua como o principal segmento em receitas obtidos no último ano, com US$ 111 bilhões, apesar da queda em assinatura.
Cinemas
Combinando os segmentos de cinemas e entretenimento doméstico, a análise mostra um total de US$ 81 bilhões, queda de 18% ante US$ 98 bilhões em 2019. Novamente, a queda foi amenizada pelo digital. Com isso, o market share de consumo ficou com 76% para o digital, 15% para os cinemas e 9% para o vídeo físico (aluguel e vendas de DVDs e BluRays, por exemplo). Importante dizer que nesta equação exclui-se os US$ 233 bilhões contabilizados de todas as categorias TV paga, como cabo, satélite, Virtual Pay TV e DTT.