A pandemia do novo coronavírus impactou diversos setores, principalmente, a indústria da saúde. O atendimento por telemedicina tornou-se indispensável em um período em que o isolamento social se fez tão necessário. Entretanto, esse foi o primeiro contato de muitos profissionais e pacientes com as teleconsultas, já que a prática não era permitida antes no Brasil.
A necessidade de manter o distanciamento social fez com que muitos pacientes buscassem diferentes alternativas. E assim surgiu a demanda pela telessaúde. Os atendimentos online tornaram-se muito mais frequentes, mas isso não se restringe apenas aos casos de Covid-19. Outros setores da saúde também se adaptaram ao novo modelo, já que a teleconsulta proporciona mais segurança e comodidade. Além disso, esse tipo de atendimento também otimiza o tempo dos pacientes e dos profissionais, pois não é necessário se deslocar para uma consulta presencial.
As consultas online acontecem através de plataformas que conectam os profissionais aos pacientes, através de uma vídeo chamada, proporcionando a mesma qualidade de um atendimento presencial. Através das plataformas de telemedicina, é possível criar prontuários digitais, acessar histórico e exames dos pacientes, além de emitir laudos, atestados e prescrições, que são enviados aos pacientes por e-mail após a consulta. Por isso, o crescimento da demanda por teleconsultas também gerou discussões acerca da proteção das informações compartilhadas pelos usuários.
Portanto, para garantir que a telemedicina seja realizada de forma segura, surge a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) aplicada à área da saúde. A lei sancionada no Brasil em agosto de 2018, e que teve sua vigência integral a partir de 2020, tem o objetivo de garantir a proteção dos dados dos usuários, evitando que eles sejam utilizados de forma abusiva pelas empresas. A LGPD é tão importante na área da saúde pois o seu uso protege os dados e as informações dos pacientes, impedindo possíveis vazamentos e proporcionando segurança durante as teleconsultas.
Para que o atendimento online seja 100% seguro, é necessário que ele seja realizado por uma plataforma nativa, que não dependa de sistemas terceiros. Ou seja, o usuário não deve ser direcionado para outros aplicativos no momento da realização do atendimento. Além disso, é exigido do médico um certificado digital para ter acesso às informações compartilhadas nas plataformas de telessaúde. Isso faz com que eles realizem um cadastro completo, fornecendo os dados que confirmem sua identidade e comprovem o exercício regular da profissão.