A Ericsson não vai sofrer com frequentes as quebras na cadeia global de suprimentos de componentes eletrônicos durante a pandemia em sua recém-inaugurada fábrica de infraestrutura 5G em São José dos Campos/SP. Pelo menos não neste início de sua operação.
“Felizmente escolhemos a máquina três meses antes da pandemia. Além disso, por decisão nossa, fizemos um megaestoque de componentes, o que teve um custo adicional, mas achamos apropriado na época”, comentou Eduardo Ricotta, presidente da Ericsson para o Cone Sul da América Latina, durante coletiva de imprensa sobre o tema nesta quarta-feira, 24.
Os rádios 5G fabricados pela Ericsson no Brasil funcionam tanto para redes non-standalone (NSA) quanto standalone (SA). Todavia, a linha de produção ainda não está pronta para produzir equipamentos para faixas de ondas milimétricas, mas poderá ser adaptada no futuro, garante o executivo.
A fábrica atenderá tanto o mercado nacional quanto o latino-americano. A expectativa é de que aproximadamente 40% da produção seja exportada. Ainda não há uma previsão de quantos empregos serão gerados. “Vai depender da velocidade dos leiloes de 5G na América Latina”, respondeu Ricotta. Um dos primeiros mercados a ser atendido deve ser o chileno, cujas primeiras redes serão implementadas no meio deste ano.
A Ericsson investirá R$ 1 bilhão entre 2020 e 2024 no Brasil, valor dentro do qual está incluída a fábrica de 5G e projetos em seu centro de pesquisa e desenvolvimento.