Zebra

Vanderlei Ferreira é presidente da Zebra no Brasil. Foto: divulgação

O controle da climatização de vacinas contra o novo coronavírus ou de quaisquer outros medicamentos que necessitem estar condicionados a uma determinada temperatura, pode ser solucionado com uma etiqueta. Outra opção seria um pequeno sensor com Bluetooth, e uma terceira, por meio de um SIMCard e a rede de telefonia móvel, para o envio dos dados. A Zebra Technologies, empresa multinacional fornecedora de soluções tecnológicas para diferentes verticais possui as três opções. Até o momento, os dispositivos são utilizados na indústria alimentícia no Brasil. Já nos Estados Unidos, as soluções foram implementadas em laboratórios farmacêuticos e empresas de transporte de vacinas nos Estados Unidos. A tecnologia garante que as vacinas chegarão à ponta em perfeito estado.

As soluções foram incorporadas ao portfólio da companhia dois anos atrás, quando Zebra adquiriu a empresa Temptime, provedora de soluções tecnológicas para a vertical da saúde. Agora, a empresa quer encontrar parceiros que queiram utilizar essas soluções em medicamentos e vacinas que necessitem da precisão do controle da climatização.

Como funcionam

No caso da etiqueta, a solução é simples e dispensa dispositivos: caso a marca branca do rótulo fique vermelha, é indicativo de que houve mudança na temperatura do frasco. Para estipular o limite de temperatura, o laboratório, no momento em que etiqueta o recipiente, informa a variação tolerada na climatização. Por exemplo, se uma vacina que precisa estar climatizada até 6 oC, ultrapassar seu limite, a marcação muda de coloração.

O minisensor, dotado de uma antena, é capaz de guardar a rastreabilidade em tempo real das mudanças de temperatura. Para acessar os dados, é preciso ter um celular com o app e o Bluetooth ligado. O minisensor se conecta ao app e repassa os dados para o smartphone. O dispositivo pode ler uma caixa inteira, que contém centenas de frascos. “Ele tem um pequeno chip especializado em monitorar a variação da temperatura e é possível definir de quanto em quanto tempo esse sensor mede a temperatura, que pode ser a cada minuto, a cada trinta segundos, a cada cinco minutos, por exemplo”, explica Vanderlei Ferreira, presidente da Zebra no Brasil. Segundo o executivo, o dispositivo é capaz de armazenar dados de temperatura mínima e máxima durante aproximadamente três meses. “Usando Bluetooth, sabemos o que aconteceu da armazenagem ao transporte e a empresa tem essa informação rastreada, que é enviada para a cloud e os gestores em tempo real sabem dessas informações e podem tomar decisões”, resume.

A terceira opção de rastreamento conta com um SIMCard e os dados sobre a temperatura dos frascos são enviados pela rede móvel diretamente para o gestor.

Segundo o presidente da Zebra no Brasil, a tecnologia tenta de forma simples viabilizar o acompanhamento da vacina desde a fabricação até o posto de vacinação, garantindo de ponta a ponta a sua qualidade. “Quando começamos a utilizar essa solução não imaginávamos o tamanho de sua importância para os dias atuais”, comenta.

 

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