Um dos maiores desafios na implementação do open banking no Brasil será a gestão segura de identidades dos usuários, alerta o CEO da Matera, Carlos Netto, em conversa com Mobile Time.
“Como será verificada a identidade de uma pessoa e qual vai ser a responsabilidade de um banco sobre a verificação feita por outro? E se alguém roubar a identidade de outra pessoa e acessar seus dados? Quem paga a conta? Receio que bancos pequenos não consigam fazer isso direito, por falta de escala”, alerta o executivo.
“Identificação por reconhecimento facial pode ser quebrada. Há softwares para burlar a checagem de liveness. Verificar a identidade é como o gato correndo atrás do rato”, compara.
Na sua opinião, um caminho poderia ser o uso do eCPF ou então a adoção de um sistema padronizado de gestão de identidade.
O executivo enxerga também uma oportunidade para a criação de soluções de “open banking as a service”, com ferramentas para que bancos menores possam aderir à novidade com segurança. Todavia, a Matera não seguirá esse caminho. A empresa prefere continuar focando em soluções para Pix, serviço com o qual tem crescido bastante. No open banking, a princípio, vai se limitar a apoiar outras empresas na construção de APIs para se conectar aos seus sistemas nos seus clientes.