As quatro maiores operadoras móveis brasileiras somam juntas mais de 1 milhão de recargas pagas com PIX desde o lançamento do serviço de pagamentos instantâneos do Banco Central, em novembro passado. Clientes pré-pagos de Claro, Oi, Vivo e TIM compraram R$ 25 milhões em créditos pagando com Pix.

Nas quatro teles o pagamento da recarga com Pix está restrito por enquanto a seus websites. O processamento das vendas de recargas em canais digitais nas quatro operadoras é realizado pela M4U, que, por sua vez, contratou uma solução da Matera para o pagamento com Pix.

Para o cliente, a experiência é simples. Ele se loga com o número do telefone no site da operadora, informa o valor da recarga e escolhe o meio de pagamento, que pode ser cartão de crédito, algumas opções de débito, wallets digitais ou Pix. Se optar pelo pagamento instantâneo, o site gera um QR code para ser escaneado pelo app da conta digital preferida do cliente.

O volume de pagamentos de recargas com Pix está crescendo em média 15% ao mês. Somente no mês de abril foram gerados cerca de 1 milhão de QR codes para pagamento com Pix, dos quais 280 mil foram efetivamente pagos.

“Acredito que a maior parte do público que paga com Pix é diferente daquele que paga com cartão de crédito”, comenta Rodrigo Melo, head de novos negócios da M4U, em conversa com Mobile Time. Ele explica que praticamente metade do mercado de recargas no Brasil paga com débito e que a M4U vem buscando alternativas de meios de pagamento em débito para os canais digitais que administra. Pelos números apresentados nesses primeiros meses de operação, o Pix aparenta ser o caminho.

Números gerais

Em 2020, a M4U processou 250 milhões de pagamentos, entre recargas e pagamentos recorrentes de planos controle, somando R$ 6 bilhões e 28 milhões de clientes únicos. Considerando somente recargas, foram cerca de R$ 2 bilhões. Aproximadamente 30% das recargas em canais digitais acontecem através dos sites e dos apps das operadoras, e o restante, via URA e USSD, informa a empresa.

 

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