Google, Facebook e outras gigantes da tecnologia terão que se comprometer ainda mais para conter a monetização de fake news por meio de anúncios, segundo um documento visto com exclusividade pela Reuters da Comissão Europeia.

O documento estende a demanda também para serviços de pesquisa ou mídias sociais menores, serviços de mensagens privadas, provedores de tecnologia de publicidade, agências de comunicação, serviços de pagamento eletrônico, plataformas de comércio eletrônico e sistemas de financiamento coletivo ou de doação, entre outros. A ideia é que todos se comprometam a fazer o mesmo.

A comissão deseja que as plataformas restrinjam os requisitos de elegibilidade e os processos de revisão de conteúdo para monetização de conteúdo e programas de compartilhamento de receita de anúncios em seus serviços para barrar a participação de atores que sistematicamente postam conteúdo denunciado como desinformação.

As empresas de publicidade, por sua vez, devem identificar os critérios usados para colocar os anúncios e adotar medidas para verificar onde os esses reclames são colocados.

O documento também quer que as empresas rotulem de forma clara e eficaz os anúncios políticos e temáticos, distinguindo-os como conteúdo pago.

O código de conduta atualizado também estabelece indicadores-chave de desempenho pela primeira vez para permitir que as autoridades verifiquem se as empresas estão cumprindo suas promessas.

As empresas terão até o final de setembro para redigir uma minuta de seus compromissos. A Comissão apresentará o código atualizado em 26 de maio.

 

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