O diretor de negócios de varejo da Algar, Márcio de Jesus, acredita que as operadoras que desejam entrar no leilão de 5G precisam avaliar bem os gastos. Mirando sua entrada na parte de frequências regionais do certame, o executivo afirmou que “para uma operadora que não tem backhaul em determinadas regiões, (o 5G) pode ser mais oneroso”.
Durante o TeletimeTec, evento virtual organizado pela Teletime nesta segunda-feira, 24, de Jesus citou como possíveis entraves financeiros o custo de implementação da rede e as eventuais obrigações impostas pelo governo: “Leilão é só um pedaço o investimento. Tem muito investimento em backhaul e infraestrutura ainda”, completou o executivo da operadora.
O diretor vê o atual momento com cautela. Confirmou que há interesse em participar do leilão, uma vez que enxerga potencial de uso do 5G em oferta de Internet das Coisas (IoT) e conexão móvel para casa (FWA). Mas mantém o tema da quinta geração sob análise.
“Em relação bloco regional e nacional, nós estamos fazendo estudos, casos de uso, de fato não temos uma visão conclusiva. Até porque, o edital está sob avaliação do Tribunal de Contas da União (TCU) que pode ser facilitador ou dificultador. Temos avaliado todas as possibilidades do leilão, regionais e nacionais, inclusive ouvido empresas em parceria”, disse. “Vamos participar do leilão com foco na nossa área, o regional. Acreditamos em possibilidades de rentabilização, com planos mais robustos e ampliar o arco do cliente. IoT também. E algum complemento FWA. Hoje 82% da nossa base é fibra ótica, mas, sempre tem novos bairros e regiões que podem ser direcionados ao FWA”.