Yalo

Javier Mata, fundador e diretor executivo da Yalo. Foto: divulgação

A Yalo (antiga Yalochat) obteve um aporte de US$ 50 milhões em uma rodada de série de C e totaliza mais de US$ 75 milhões recebidos em seis anos de existência. A rodada atual foi liderada por B Capital Group, do investidor brasileiro Eduardo Saverin, que participou da injeção de US$ 15 milhões na série B em 2020.

Com o montante, a companhia de tecnologias conversacionais mira ampliar sua presença no mercado latino-americano e do sudeste asiático, além de avançar no desenvolvimento de produtos de marketing conversacional e pagamentos.

Em conversa recente com o Mobile Time, Karla Berman, vice-presidente de vendas da empresa de mensageria, afirmou que espera um crescimento do Brasil no seu share de receita total para 2021. Até o final do ano, a executiva indicou que 35% do faturamento da Yalo será oriundo do mercado brasileiro.

Com presença em Índia, México, Brasil e Estados Unidos, a companhia tem entre seus clientes Unilever, Nestlé, Coca-Cola Femsa e Walmart. Apenas na América Latina, a Yalo atende uma base de 350 milhões de consumidores e colabora para um volume de venda de US$ 81 milhões das empresas-clientes.

Análise

O mercado de mensageria é a bola da vez para os investidores.  Desde 2020, diversas empresas do segmento vêm recebendo olhares do mercado na América Latina. Parte acontece pelo câmbio, com a desvalorização de moedas locais, como o real.

Com isso, o movimento de aportes segue forte na América Latina, seja por investimentos de fundos, como aconteceu com Yalo e Take; por aquisições, como Wavy e D1; ou até caminhando para ofertas iniciais públicas de ações (IPOs), como a Zenvia.

Atrelado a este cenário está o avanço do comércio conversacional e de plataformas de pagamentos mais fluídas e próximas do usuário, como o WhatsApp Pay e o Pix; além do desenvolvimento do e-commerce e da logística de entrega de produtos, que acendeu o apetite dos consumidores na região latino-americana, em especial pela necessidade de distanciamento social na pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2).

Alguns dados de matérias recentes do Mobile Time que contribuem para contar essa história:

– O tíquete médio de vendas do WhatsApp é 50% acima das vendas do e-commerce ‘tradicional’, segundo executiva da plataforma de mensageria;

80% dos usuários brasileiros estão aptos a usar um novo sistema de pagamento e 77% usaram um novo arranjo, segundo pesquisa da Harris Polling da Mastercard;

Na América Latina, o m-commerce representou 47% das vendas do comércio eletrônico em 2020, segundo o Ebanx;

– Na pesquisa de apps mais recente do Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre mensageria móvel no Brasil, 98% dos usuários têm o WhatsApp instalado em seus smartphones e 86% abrem o mensageiro todos os dias.

 

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