A Via conseguiu reduzir em 27% ao longo dos últimos 12 meses as suas perdas com celulares roubados a partir da adoção de uma série de medidas para combater o problema, incluindo a adoção de plataformas para bloqueio remoto dos aparelhos. No referido período, mais de 6 mil celulares tiveram seu hardware e software bloqueados à distância pela companhia. As ações tomadas pela varejista inibem tanto roubo e furto dos aparelhos durante a distribuição logística e venda em suas lojas quanto a compra fraudulenta de aparelhos no seu e-commerce.

“O celular se tornou parte indispensável em nossas vidas. O crime organizado tem intensificado o roubo e o furto para abastecer o mercado clandestino. Nossa ação tem a ver com prevenção. A companhia tem investido para desestimular a venda desses produtos no mercado clandestino, com a utilização de plataformas de bloqueio”, relata Cristian Candido, gerente executivo de prevenção de perdas e segurança patrimonial da Via, em conversa com Mobile Time.

No recebimento dos aparelhos dos fabricantes, é feita a leitura de todas as caixas e o cadastro de cada IMEI (número de identificação do aparelho) e sua vinculação com cada embalagem individual. Ao chegar na loja, é realizada uma segunda verificação, confirmando o recebimento de tudo o que foi enviado. E no ato da venda aquela produto específico é associado à nota fiscal. É um processo complexo pois são 27 centros de distribuição e 1.050 lojas espalhadas pelo Brasil inteiro.

Quando é identificado algum ilícito, ou seja, o roubo ou furto de um aparelho antes da venda, ou a comercialização de um produto por meio de fraude no pagamento pela Internet, a empresa faz um boletim de ocorrência e procede com o bloqueio remoto dos terminais. O bloqueio acontece usando plataformas desenvolvidas por Samsung e Motorola para seus respectivos modelos. Quando o receptador tenta realizar a ativação do aparelho em uma rede Wi-Fi, o terminal é resetado e aparece uma mensagem sobre o seu bloqueio. Se por acaso o bloqueio acontece depois da configuração do smartphone, este vai apagando app por app até apresentar a mensagem na tela, na qual é informado um email de contato da Via. Muitas vezes o receptador, seja ele o criminoso ou um consumidor desavisado, entra em contato para tentar entender o que aconteceu e acaba provendo informações relevantes para as autoridades combaterem esse tipo de crime.

“O receptador muitas vezes acaba trazendo informações que podemos usar para identificar onde foi a origem da compra do aparelho. E aí informamos aos órgãos de segurança pública, para garantir que essas ocorrências sejam tratadas”, conta o executivo.

A Via agora trabalha no desenvolvimento de uma terceira plataforma que servirá para o bloqueio de hardware e software de aparelhos de outras marcas. A implementação deve acontecer neste mês de junho.

 

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