O período pandêmico trouxe um cenário inesperado, obrigando todos a se adaptarem a novas formas de trabalhar e de estudar a distância. As empresas não estavam preparadas para migrar em um curto espaço de tempo para o ambiente digital. Dentro das organizações, uma das áreas mais impactadas tem sido a de treinamentos. Como a maioria das dinâmicas eram feitas de forma presencial, foi preciso reestruturar todos os processos e etapas para o formato digital.
Em 2020, houve um crescimento de 200% em aulas on-line e uma queda de 27% no ensino presencial, segundo a 15ª edição da Pesquisa Panorama do Treinamento no Brasil, realizada pela ABTD (Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento), em parceria com a Integração Escola de Negócios. Os dados mostram que as empresas se viram na obrigação de adotar rapidamente a transformação digital no ensino corporativo, pois muitas delas não tinham nenhuma prática nesse sentido.
Os desafios na adaptação ao universo on-line são diversos. Grande parte das companhias não sabem que caminho tomar, a começar pelo fato de que há muitas plataformas para a educação digital no mercado com diferentes funcionalidades e graus de complexidade. Diante disso, as empresas precisam decidir qual é a melhor ferramenta para o seu processo de educação corporativa, bem como estabelecer novas formas de treinamentos ou até mesmo criar uma estratégia gamificada. Pensando nisso, separei cinco dicas para que as organizações possam iniciar um programa de educação on-line:
Tudo bem começar com pouco conteúdo, desde que seja de qualidade – quando pensamos no lançamento de uma plataforma de treinamento, é ideal optar por um volume menor de treinamentos de alta qualidade do que um grande número de atividades. Muitas empresas ainda acreditam que é difícil produzir conteúdos originais em casa. Só que isso está mudando: aos poucos, as organizações notam que é fácil produzir conteúdo próprio, desde que tenha método e estrutura para isso.
Nem tudo precisa ser um curso estruturado – ter um único documento com as informações importantes de cada time já ajuda muito. Por exemplo, um treinamento específico para a área de vendas pode reunir todas as informações disponíveis em um único lugar. Isso faz com que não seja necessário estruturar um curso específico para essa ação.
Use ferramentas amigáveis – todos gostam de praticidade e de dispositivos fáceis de usar no dia a dia. O hábito de consumo das pessoas se baseia em plataformas como Netflix e YouTube, que são mais intuitivas, ágeis e conseguem despertar o engajamento do usuário. Ao optar por uma plataforma que não ofereça essa experiência de fácil usabilidade, uma empresa dificilmente conseguirá com que os colaboradores acessem com frequência os treinamentos oferecidos.
É preciso entender que o processo de educação é uma jornada de aprendizado – não basta criar conteúdo, subir no portal e pronto. É necessário criar um processo contínuo e, dessa forma, estruturá-lo em ciclos: publicar conteúdos, acompanhar resultados e ficar atento as estatísticas de uso. Assim conseguimos identificar o que teve mais adesão e, se necessário, propor adequações para deixar a ferramenta cada vez mais atraente para a sua audiência e, consequentemente, despertar o interesse junto aos colaboradores para que eles acessem constantemente.
Não ignore o uso do mobile na implementação de ensino – dois terços das pessoas do mundo já estão conectadas pelo smartphone, segundo pesquisa divulgada pela GSMA. O mobile se tornou tão essencial no processo digital hoje em dia que 72,94% do acesso à plataforma da Skore se dá pelo aplicativo.
Ao investir em temas que tenham relevância ao colaborador, essa abordagem ajuda a aumentar o engajamento dos programas de educação, e, com boas práticas em ação, as empresas vão conseguir acompanhar a transformação constante do mercado digital e manter a colaboração do time.