30% da população brasileira afirma que não vai aderir ao open banking, informa a pesquisa Radar Febraban 2021. A resistência é um pouco maior entre as pessoas com 60 anos ou mais (34%).
A pesquisa informa também que 16% dos brasileiros pretendem aderir ao open banking “com certeza”. O percentual é quase a metade dos que não estão interessados na novidade. A intenção de participar do open banking é maior entre as pessoas com ensino superior (21%), entre as que ganham mais de cinco salários mínimos (20%), e entre homens (19%).
Vale destacar que 46% estão indecisos: declararam que podem ou não aderir ao open banking. E 8% não sabem ou não responderam.
Metodologia
Antes de questionar sobre a adesão do público, a pesquisa perguntou aos entrevistados se conhecem o open banking. 57% disseram que não e 41%, que sim. O conhecimento sobre o assunto cresce conforme a escolaridade e a renda mensal.
Em seguida, a pesquisa apresentou aos entrevistados o seguinte conceito de open banking: “um sistema em que a pessoa autoriza o compartilhamento dos seus dados e seu histórico financeiro entre bancos que desejar, de forma que o setor bancário possa conhecer o perfil do cliente e oferecer-lhes novos produtos e serviços mais personalizados”.
Foi a partir dessa explicação que os entrevistados responderam se pretendem ou não aderir ao open banking. Além disso, 45% declararam enxergar o open banking como uma iniciativa positiva; 28% não veem nem como positiva, nem como negativa; 20%, como negativa; e 8% não responderam.
A pesquisa Radar Febraban 2021 entrevistou 3 mil pessoas com 18 anos ou mais entre os dias de 18 e 25 de junho deste ano.
Vale lembrar que o Banco Central anunciou nesta quarta-feira, 14, o adiamento da fase 2 do open banking, justamente aquela na qual o consumidor poderá consentir com o compartilhamento dos seus dados cadastrais e de transações entre instituições financeiras.