|Publicado originalmente no Teletime| A TIM conseguiu avançar nas receitas no segundo trimestre, de acordo com balanço financeiro divulgado nesta segunda-feira, 26. A companhia ainda obteve um lucro 2,5 vezes maior do que o reportado em igual período de 2020.
Contudo, a operadora reconhece que a base comparativa é menor, uma vez que “os principais impactos” da Covid-19 ocorreram justamente no segundo trimestre do ano passado.
A companhia diz ainda que houve impacto de pontos de venda com restrições ao funcionamento durante o período. Cerca de 30% das lojas (incluindo próprias e revendas) sofreram efeitos do que a empresa alega ser “lockdowns” em junho.
Números
Desta forma, a receita líquida da TIM no segundo trimestre foi de R$ 4,407 bilhões, um avanço de 10,5% no comparativo anual. No consolidado do semestre, foi de R$ 8,746 bilhões, o que representou crescimento de 6,6%.
A receita líquida de serviços foi de R$ 4,266 bilhões, um crescimento de 8,7% comparado com o mesmo período de 2020. No semestre, foi de R$ 8,495 bilhões, aumento de 6%.
Somente na móvel, houve avanço de 8,5% no período, totalizando R$ 3,983 bilhões. Considerando o período de janeiro a junho deste ano, o total foi de R$ 7,930 bilhões, aumento de 5,6%.
Já a fixa observou crescimento de 11,1%, totalizando R$ 283 milhões no segundo trimestre. No semestre, foi de R$ 564 milhões, aumento de 11,6%. Dentro desse segmento, a receita da TIM Live totalizou R$ 179 milhões no segundo trimestre, um crescimento de 20,7% no comparativo com o mesmo período de 2020. Porém, no comparativo sequencial, a diferença foi de cerca de R$ 5 milhões.
O lucro líquido da companhia foi de R$ 672,2 milhões entre abril e junho, um acréscimo de mais do que o dobro (151,3%) comparado ao segundo trimestre de 2020. Já no acumulado do ano foi de R$ 949,1 milhões, também dobrando (115,6%) o resultado do ano anterior.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) reportado foi de R$ 2,087 bilhões no trimestre (aumento de 5,2%) e de R$ 4,108 bilhões no semestre (4,9% superior). A margem EBITDA reportada foi de 47,4% no trimestre, uma redução de 2,4 pontos percentuais; e de 47%, recuo de 0,8 p.p. comparado ao ano passado.
Assim, o fluxo de caixa operacional livre foi de R$ 1,222 bilhão, um recuo de 23,1% comparado ao segundo trimestre de 2020, mas ainda um resultado positivo. No acumulado do semestre, foi de R$ 1,844 bilhão, avanço de 54,8%. De acordo com a tele, o resultado reflete aumento de Capex, que foi de R$ 906 milhões no trimestre (avanço de 34,5%) e de R$ 2,230 bilhões nos seis meses (aumento de 41,4%), ambos justificados pela “reavaliação de projetos com o isolamento social” e preparação da infraestrutura para integração de ativos da Oi. Também houve impacto da adiamento do pagamento de parcela do Fistel referente ao Condencine.
Operacional
A TIM encerrou junho com 51,341 milhões de clientes móveis, uma queda de 1,3%. Desse total, 29,185 milhões eram de pré-pago (queda de 5%) e 22,156 milhões eram de pós-pagos (aumento de 3,9%). A operadora ainda segrega o pós-pago “humano” (ou seja, sem M2M): 18,150 milhões de linhas, um avanço de 14%. O 4G é a tecnologia para 44,357 milhões de chips da empresa, um acréscimo de 12,9%.
A empresa chegou a 4.277 cidades no 4G, das quais 3.608 eram com a frequência de 700 MHz. O VoLTE está presente em 4.262 cidades, enquanto o LTE-Advanced (chamada pela empresa de 4.5G) está em 1.493 cidades. Na fixa, a rede de fibra até a residência (FTTH) chegou a 3,8 milhões de casas passadas, com presença em 28 municípios e sete regiões administrativas do Distrito Federal em junho.