A TIM segue com a expectativa de ter aprovada a compra da Oi Móvel no final deste ano, ou, mais tardar, no começo de 2022. Em conversa com a imprensa especializada nesta terça-feira, 27, Pietro Labriola, CEO da operadora, afirmou que continua confiante na aprovação da venda da Oi neste ano e vê com normalidade a análise de complexidade feita pelo Cade: “É uma operação complexa, nunca ninguém disse que era simples”, acrescentou.
Adrian Calaza, CFO da companhia, lembrou que esse “é um dos cinco maiores deals de M&As nos últimos cinco anos no País”, por isso tem o questionamento do Cade. Por sua vez, Mario Girasole, vice-presidente de assuntos regulatórios e institucionais da TIM, explicou que o pedido do regulador é uma tecnicalidade para pedir informações adicionais e eventualmente para extensão do deadline, o que não ocorreu neste caso e o prazo de aprovação segue o trâmite normal de 240 dias.
Girasole recordou ainda que, nos últimos 13 meses, o Cade lançou 22 análises de complexidade. Três casos estão em averiguação e a compra da Oi por TIM, Vivo e Claro é um deles. Outros 18 foram aprovados – nove deles sem nenhuma contrapartida ou alteração.
Das informações adicionais, o executivo explica que são pedidos às operadoras dados sobre temas regulatórios, como roaming e operadoras móveis virtuais (MVNOs): “É uma operação de R$ 17 bilhões, ninguém esperava (um posicionamento do Cade) diferente. Esperamos convergência entre regulatório e título de conveniência. O processo está evoluindo dentro do esperado”, explicou.
Clientes
Girasole adiantou como será o fatiamento dos consumidores móveis da Oi. Assim como explicado por especialistas do mercado um ano e meio atrás ao Mobile Time, o VP da TIM afirmou que a distribuição de clientes será feita pela “lógica da menor operadora”. Ou seja, os clientes da Oi fortalecem a operadora que é mais fraca em uma determinada região para que gere forte competição entre os três players. Mas lembra que o cliente pode fazer a portabilidade para outra operadora se desejar.
Ativos
Leonardo Capdeville, CTIO da TIM, lembrou que, dos três ativos da Oi (clientes, espectro e torres) que chegam às bases da TIM, o principal é o espectro. Afirmou ainda que na estratégia traçada pela operadora, o objetivo para este ano é preparar sua rede para plugar o espectro.
“Esperamos contar com esse espectro da Oi. Queremos oferecer mais capacidade e melhor conectividade. Para o cliente, ele terá melhor cobertura, conectividade e capacidade”, explicou Capdeville.