BeHappy

Caio Cesar Coutinho é CEO da BeHappy. Foto: divulgação

Caio Cesar Coutinho era dono de um supermercado. Em 2016 sentiu a necessidade de desenvolver uma plataforma online de vendas e vislumbrou que havia a possibilidade de seu varejo crescer no ambiente virtual. Criaram um sistema de delivery para reduzir os custos e aumentar a velocidade no processo. A solução cresceu e, em 2019, o empresário optou por se desligar do supermercado para se dedicar integralmente à empresa de e-commerce alimentício e oferecer a outros empresários como ele uma opção de vendas online. Assim nasceu a BeHappy, uma ferramenta white label para o comércio eletrônico que pode se tornar um site de vendas, um aplicativo ou os dois, e que tem como sócios Seal Sistemas e Synapses. O executivo estima que logo no início da pandemia a BeHappy tenha registrado aumento de mais de 500% na demanda pela solução. “Em março tivemos um crescimento muito grande na comparação com o mês anterior, fevereiro. “Foi de um mês para o outro. E, com isso, vimos que os nossos clientes que entraram para o e-commerce em 2019 tiveram crescimento e não quedas de 50% como vimos acontecer entre os supermercadistas”, conta em conversa com Mobile Time o CEO da empresa.

BeHappy

Aplicativo de um varejista cliente da BeHappy. Imagem: divulgação

Mas o aumento da procura e do trabalho, também evidenciaram a escassez de mão de obra. Com muitos profissionais brasileiros trabalhando, mesmo que daqui, para empresas estrangeiras, a já problemática procura por um profissional de TI ficou ainda mais difícil. Segundo Coutinho, a alta demanda acabou elevando os salários desses profissionais. O ponto positivo da questão é que, atualmente, profissionais de outras cidades (a BeHappy está baseada em São Paulo) passaram a trabalhar na empresa. “Temos programadores de São Paulo, mas também do estado de Minas Gerais, do Acre e do Amazonas. Houve um rompimento da barreira física”, diz.

Para sustentar o crescimento, a BeHappy procurou, além de contratar novos programadores e profissionais para a área de suporte, empresas parceiras que investissem no projeto. “Nos associamos a companhias que estavam no mercado e já consolidadas para dar suporte a esse crescimento”, explica.

Atualmente, seus clientes estão concentrados no centro-oeste do País, em especial em Brasília e Goiânia, além do interior de São Paulo. Ao todo são 30 clientes com um total de 50 lojas. E, segundo Coutinho, o tíquete médio na loja física é de R$ 45 e, em sua plataforma, o valor sobe para R$ 250, aproximadamente.

Modelo de negócios

A BeHappy é uma plataforma que pode atender do pequeno ao grande varejista de alimentos. Basta que a empresa esteja conectada a um software de gestão (ERP, PDV ou CRM) como Kairos Stores, da Seal Sistemas; Zoombox, da GS; e do ERP da Intersolid, entre outros. A plataforma oferece ainda mais de 100 mil imagens de produtos e suporte. “O supermercadista não precisa alterar cadastro ou preço, por exemplo. Tudo o que ele fizer na loja física – como uma promoção – entra automaticamente também nas plataformas virtuais”, explica o CEO da BeHappy.

No modelo de negócios da BeHappy, a empresa fornece para cada cliente uma licença de uso da plataforma e suporte mensal para manter o sistema atualizado. A empresa também faz tratamento de imagens, todas em full HD, além de prover atualizações, treinamentos para o varejista implementar o comércio eletrônico, materiais com dicas de como vender mais no online e de marketing.

Otimismo

Para 2021, a BeHappy estima crescimento de mais de 300% em comparação com 2020. “A demanda por e-commerce ainda está muito alta porque muitos varejistas esperam os outros fazerem para ver se dá certo e depois implementar em seu negócio”, explica. “Mas estamos trabalhando ainda numa mudança de cultura. Muitas são empresas familiares onde o dono é avesso à tecnologia”, explica.

 

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