Apesar da decisão da justiça norte-americana de que sejam aceitas outras formas de compras in-app, a partir do caso Epic Games, a Apple decidiu que o jogo Fortnite não retornará tão cedo à App Store. Não sem antes todos os recursos serem resolvidos, um processo que pode levar anos, já que as partes ainda podem recorrer.
A conta de desenvolvedor de iOS da Epic Games foi suspensa em agosto de 2020, início da batalha judicial entre as empresas.
Em uma série de tuites, Tim Sweeney, CEO da Epic Games, disse que recebeu uma mensagem da Apple informando que Fortnite continua na lista cinza da empresa até o final das apelações do caso, o que pode levar cerca de quatro a cinco anos.
“A Apple exerceu seu arbítrio para não restabelecer a conta do programa de desenvolvedor da Epic neste momento”, diz o email. “Além disso, a Apple não irá considerar quaisquer outros pedidos de reintegração até que a decisão do tribunal distrital se torne final e irrecorrível.”
A mensagem observa que a juíza Yvonne Gonzalez Rogers concluiu que a Apple tem o direito de encerrar quaisquer contas relacionadas à Epic que desejar da App Store. A Epic já pagou danos financeiros pela violação de seu contrato.
Em outra mensagem na rede social, Sweeney acusa a Apple de mentir sobre o caso.
Apple lied. Apple spent a year telling the world, the court, and the press they’d "welcome Epic’s return to the App Store if they agree to play by the same rules as everyone else". Epic agreed, and now Apple has reneged in another abuse of its monopoly power over a billion users.
— Tim Sweeney (@TimSweeneyEpic) September 22, 2021
“A Apple mentiu. A Apple passou um ano dizendo ao mundo, ao tribunal e à imprensa que ‘a Epic seria bem-vinda de volta à App Store se concordasse em seguir as mesmas regras que todos os outros’. A Epic concordou, e agora a Apple renegou em outro abuso de seu poder de monopólio sobre um bilhão de usuários”. O CEO continuou o desabafo no Twitter, pedindo regulação:
“O Fortnite não deve ser colocado na lista negra por contestar um acordo contendo termos que o tribunal considerou ilegais e que a Apple impõe a todos os desenvolvedores como termos de acesso ao iOS. Nós continuaremos lutando. A necessidade de ação regulatória e legislativa é mais clara do que nunca”.
