A pane global de quase seis horas do WhatsApp na última segunda-feira, 4, deve estimular a adoção de planos de contingência para a comunicação de grandes empresas com seus consumidores, avalia Roberto Oliveira, CEO da Take Blip, uma das maiores plataformas de comunicação automatizada do Brasil.
“Acredito que haverá conversas pensando em soluções de contingência, pois devem ter acontecido picos de ligações em call centers. Seria usar outros canais, tal como fizeram as pessoas físicas. Na prática, o comportamento das empresas vai ser muito parecido com o das pessoas”, comentou o executivo, em conversa com Mobile Time. “Não vai ser algo mandatório, mas considero saudável ter um plano de contingência. E estamos preparados para oferecer isso através da arquitetura da Take Blip”, acrescentou.
Compreensão do público
O apagão vivido pelo WhatsApp não teve consequências mais graves para os BSPs porque o público entendeu rapidamente que o problema era do canal em si.
O CEO de outro BSP, que preferiu não se identificar, descreveu da seguinte forma: “Foi um dia intenso, mas não tenso. Quando cai tudo, os consumidores ficam impossibilitados de mandar mensagem para as empresas. É diferente de quando alguma empresa tem um problema particular e fica fora do ar sozinha. Foi um dia de muito trabalho, com muitos testes para acompanhar o retorno da disponibilidade do serviço”.
Oliveira, da Take Blip, acredita que o ocorrido foi “a exceção da exceção” e se diz otimista que não vai acontecer de novo.