|Publicado originalmente no Teletime| O CPQD inaugurou nesta sexta-feira, 8, o novo Complexo Laboratorial de Conectividade, um centro que abriga em Campinas (SP), próximo à sede da empresa e no mesmo prédio que abriga a câmara semianecóica da entidade, ambientes com infraestrutura para ensaios de equipamentos, redes e sistemas de comunicação. A ideia é atender as demandas de mercado por novas tecnologias, como 5G, Open RAN e análises de cibersegurança de redes.
Em funcionamento desde julho, o complexo integra 12 laboratórios construídos ao longo dos anos. “Mas nos últimos meses, para trazer a tecnologia 5G e modernização no laboratório, com metodologias ‘lean’ de produção, o investimento foi de aproximadamente R$ 6 milhões, próprios do CPQD”, destacou o diretor executivo de soluções tecnológicas e consultoria da empresa, Frederico Nava.
Segundo o executivo, há laboratórios também em parceria com os ministérios das Comunicações (MCom) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Contudo, perguntado se o corte de 92% (R$ 635 milhões) no orçamento para pesquisa e desenvolvimento promovido pelo governo Jair Bolsonaro traria algum efeito, ele foi categórico: “Hoje não tivemos nenhum impacto”.
Mais cedo, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, participou da cerimônia de inauguração. Ignorando a redução de quase toda a verba do MCTI, ele alegou que há prioridade do governo Bolsonaro em incentivar desenvolvimento tecnológico por meio do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel). “Eu quero aqui deixar o compromisso que iremos aumentar a parceria do Funttel com o CPQD”, disse Faria em discurso. O ministro saiu sem falar com a imprensa.
Tecnologias
Apesar da inauguração em proximidade com o leilão do 5G, o Complexo do CPQD não realiza testes com a faixa de 26 GHz. Nava diz que o atendimento “está no roadmap”, mas que a empresa aguarda movimentação do mercado por conta do ecossistema pequeno de equipamentos compatíveis no momento.
O Complexo Laboratorial de Conectividade abriga quatro ambientes dotados de infraestrutura para realizar ensaios de:
- radiofrequência, com celulares, estações terminais de acesso (ETAs), transceptores digitais, equipamentos de radiação restrita, entre outros;
- segurança, desempenho e interoperabilidade para redes de telecomunicações de nova geração, que inclui hardware, software, redes e aplicações;
- compatibilidade eletromagnética, para avaliar interferências; e
- de medição de taxa de absorção específica (SAR), ou seja, o que o corpo humano absorve.