| Publicada no Teletime | Os resultados operacionais da Ericsson no terceiro trimestre apontam queda nas receitas globais do grupo após uma esperada redução de vendas na China e problemas com a cadeia de fornecimento de componentes.

Entre agosto e setembro, a fornecedora sueca somou 56,3 bilhões de coroas suecas em faturamento (cerca de US$ 6,5 bilhões). O valor é 2% menor que o registrado no terceiro trimestre de 2020, sendo 1% menor em termos orgânicos.

Sozinha, a China foi responsável pela redução de 3,6 bilhões de coroas nas vendas (US$ 420 milhões), o suficiente para impactar o crescimento trimestral da Ericsson em 6%. “Como consequência da redução da participação de mercado na China continental, planejamos redimensionar nossa organização de vendas e entregas no país a partir do quarto trimestre, aumentando nossos custos de reestruturação”, apontou a fornecedora.

Em paralelo, “turbulências” na cadeia de fornecimento de componentes também afetaram as vendas no período, sobretudo da divisão de redes. O tema já havia sido colocado como risco pela Ericsson, que apontou semicondutores como elemento mais crítico. Nos próximos trimestres, o fator deve continuar pressionando os resultados, segundo a companhia.

Lucro

Se a receita da divisão de redes da Ericsson caiu 3% no terceiro trimestre, sem os impactos da redução na China, as vendas teriam crescido 8%, segundo a companhia. No consolidado, houve avanço de 8% no faturamento da América Latina/Europa e de 10% na América do Norte.

Entre os motivos estão os contratos 5G firmados pela empresa com as três principais operadoras norte-americanas, considerados “os maiores da história” da fornecedora. A Ericsson também aponta que as receitas de quinta geração estão crescendo na divisão de serviços digitais, impulsionadas por demandas como core de rede e orquestração.

Como resultados, o lucro da Ericsson cresceu no terceiro trimestre mesmo com a queda das receitas: 4%, para 5,8 bilhões de coroas suecas (cerca de US$ 670 milhões). Enquanto a margem bruta cresceu para 44%, a margem Ebitda da fornecedora avançou para 15,7%.

 

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