Em setembro de 2020, os pagamentos por aproximação responderam por 2% do volume total processado pela Cielo, somando menos de R$ 1 bilhão. Um ano depois, em outubro de 2021, a previsão é ultrapassar 12%. Ao todo, a rede de adquirência projeta que entre R$ 29 e R$ 30 bilhões sejam pagos por aproximação em suas maquininhas. Os números foram apresentados por Júlio Gomes, vice-presidente de experiência do cliente da Cielo, durante painel no MobiFinance, evento online organizado por Mobile Time nesta quarta-feira, 20. Agora, os pagamentos por aproximação na rede adquirência crescem a um ritmo de 10% ao mês.
A Visa observou crescimento similar. O volume de pagamentos por NFC registrados pela empresa no Brasil no primeiro semestre de 2021 foi cinco vezes maior que no mesmo período de 2020. Um dos motivos, para além da pandemia do novo coronavírus, foi a inserção do pagamento sem contato no transporte público, com destaque para o Metrô do Rio de Janeiro, comentou Percival Jatobá, vice-presidente de soluções e inovação da Visa do Brasil, que participou do mesmo painel.
“Juntamos dois grandes projetos: o NFC e a necessidade que a gente percebeu no transporte público. E o case do Metrô Rio foi vital para que a gente avançasse. Estabelecemos um caso concreto de uso com as 40 estações aceitando pagamento sem contato, com uma jornada contínua. Dessa forma, conseguimos provar para os nossos clientes emissores que a tecnologia resolvia um problema. Assim, mais emissões começaram a acontecer e fez decolar a solução. Começamos, então, a entrar em outros segmentos”, explicou.
O caso de uso bem-sucedido no Rio de Janeiro fez com que concessionárias de pedágio, por exemplo, se interessassem pela tecnologia, assim como as barcas da capital fluminense, e outras prefeituras espalhadas pelo País negociam a solução para os seus meios de transporte.