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A Vivo registrou uma queda de 20% nas vendas de dispositivos puxada pela falta de chipsets neste mercado. Isso afetou a receita do negócio core (móvel, FTT, aparelhos, IPTV, serviços digitais, dados e TIC) da empresa que cresceu 6%. Se excluir os handsets, o crescimento dessa divisão foi de 8%.

“É importante notar que no terceiro trimestre de 2021, as vendas de smartphones caíram 20% na comparação ano a ano. Parte desse resultado ocorreu devido ao desabastecimento de chipsets que impactou toda a indústria de smartphones”, disse Christian Gebara, CEO da Vivo, nesta quinta-feira, 28, durante a apresentação dos resultados da empresa para o período. “É uma base de comparação mais difícil, pois o terceiro trimestre de 2020 foi atipicamente mais alto em termos de vendas, pois a maioria das lojas estava voltando a reabrir após as imposições de distanciamento social”, completou.

Ao todo, o negócio core representa 90% da receita de R$ 11 bilhões da operadora no trimestre.

Durante a live com analistas para a apresentação dos resultados, David Melcon, CFO da Vivo, explicou que o problema da falta de chips e, consequentemente, de handsets no mercado brasileiro resultou em queda dos custos de serviços e produtos vendidos. Esse índice recuou 3%, de R$ 1,9 bilhão para R$ 1,8 bilhão. Se considerar apenas os custos com produtos vendidos, a queda foi de 18% ano a ano.

Serviços e produtos equivalem a 28% do total dos custos da Vivo.

Análise

Conforme alertado em matérias anteriores desta publicação, a falta de apoio do governo federal para encontrar soluções capazes de diminuir a falta de chips e os problemas na cadeia de suprimentos começam a afetar todo o setor. Soma-se aqui o alto custo de frete pela redução de caminhoneiros nas estradas – já que muitos profissionais deste setor quebraram ou sequer têm dinheiro para pagar o combustível.

Ou seja, o efeito da falta global de chipsets passa a afetar não apenas fabricantes, distribuidores e varejistas, mas também os provedores de conectividade e serviços móveis.

Veja matérias anteriores que abordam o tema:

Fabricantes devem racionalizar portfólio de celulares este ano, prevê IDC

Saída da LG impacta sell-in e produção de celulares no Brasil, revela IDC

 

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