Hamilton Silva Credito 5x5 Tec Summit 2021 001

A busca por sustentabilidade e redução de custos tem feito com que operadoras do setor de telecomunicações invistam em energias próprias e renováveis. Hamilton Silva, diretor de Infraestrutura da Claro, a meta é obter 80% de todo o consumo de energia elétrica da empresa proveniente de fontes renováveis até 2022. “Teremos cerca de 70 usinas de fontes renováveis de Norte a Sul do país”. O assunto foi alvo de debate do painel “Empresas aceleram adoção de fontes de energia alternativas” na 5×5 Tec Summit Energia, desta quarta-feira, 8.

Em 2017, a Claro começou a mapear um problema que a empresa teria no fornecimento de energia em razão do custo, que começaria a crescer. Na ocasião, segundo Silva, foram feitos projetos e “criamos o Energia da Claro”. “Hoje, temos 58 usinas em todo o país para o nosso autoconsumo, que cobrem quase 60% do consumo de baixa tensão. Elas operam com diversas fontes, como eólica, solar, hidrelétricas, biogás, cogeração. Os clientes da Claro têm energia produzida pela própria empresa”, destacou o diretor da operadora.

Com essas iniciativas, Hamilton Silva, disse que a Claro se sente importante não apenas por reduzir a emissão do carbono, mas também “por ajudar os reservatórios hídricos e a nossa matriz energética”.

Geografia determinante

A geografia do Brasil é o que determina o tipo de fonte que será utilizada. Por exemplo, fonte eólica, é no Nordeste e Sul, principalmente, no Rio Grande do Sul; no Sul, com existe abundância em água, a recomendação é hidrelétrica; São Paulo, é solar. “Temos que adequar a fonte de acordo com a geografia o país, mas o pré-requisito é sempre a energia renovável, sustentável”, explicou Silva.

A Claro faz as construções de usas usinas com base na arquitetura local. “Em Santa Cataria, é uma região de cultura alemã, as usinas são construídas com arquitetura alemã”, disse o diretor de Infraestrutura da Claro.

Para viabilizar o projeto e não fugir do seu modelo de negócio – que é telecomunicações -, a Claro criou uma cadeira de fornecedores especializados em energias, como biogás, eólica, solar.

Falta de incentivos

A falta de incentivos fiscais e financeiros são pontos que precisam ser observados para a aquisição de energias renováveis no Brasil e para os projetos; “Há um desequilíbrio tributário para as fontes renováveis. Em outros países, existe a isenção de tributos para a migração de carros elétricos”, citou Silva.

Segundo o diretor da Claro também é importante incentivar a competição e “olhar o Brasil para fora”. “Precisamos pensar em exportação. É possível transportar energias renováveis como o hidrogênio”, revelou.

Desafio do 5G

Na ocasião, o desafio da implantação do 5G também foi tema do painel. O diretor de Infraestrutura da Claro revelou que a empresa realizou estudos internos sobre a demanda do 5G. “Estima-se que o 5G trará 15% da demanda. Essa demanda será integrada ao projeto de energia. O 5G vai aumentar a carga e iremos agregar às usinas que estamos construindo. A medida que tivemos a previsibilidade de demanda, agregaremos aos projetos”, explicou.

 

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