Unifique

Jair Francisco, diretor de mercado da Unifique. Foto: divulgação

A Unifique, empresa participante do Consórcio 5G Sul, que comprou um bloco regional de 3,5 GHz para operar 5G na região Sul, prevê que terá o apoio de prefeituras, órgãos de governos estaduais e associações para antecipar suas metas de cobertura com rede de quinta geração. Dentro do consórcio, a Unifique é a responsável pela implementação do 5G nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com a obrigação de levar cobertura a 670 municípios, enquanto a Copel ficou encarregada das cidades paranaenses.

“Há um movimento de prefeitos, associações e órgãos de governos estaduais querendo a antecipação das metas. Estão oferecendo qualquer tipo de ajuda para o 5G chegar primeiro. Vamos tê-los como parceiros, ajudando para o 5G chegar mais rápido”, relata Jair Francisco, diretor de mercado da Unifique, em conversa com Mobile Time. 

Uma das possibilidades consideradas pela operadora é o compartilhamento de investimento, para instalar a rede 5G. Ou seja, prefeituras, associações e órgãos de governos estaduais poderiam contribuir diretamente com parte do investimento necessário para a implementação das redes.

É necessária também a cooperação para a modernização das leis municipais para instalação de torres celulares, seguindo a lei geral das antenas. “Se não houvesse boa vontade (das prefeituras) teríamos que bater na porta de cada uma. Mas é o contrário: prefeitos e vereadores chegam até nós para pedir o 5G”, comenta.

Roaming e Ran sharing

A Unifique iniciou conversas com outras operadoras para garantir roaming nacional e não descarta a possibilidade de firmar acordos de RAN sharing. O executivo enxerga a atuação das operadoras regionais como complementar àquela das grandes teles, e prevê que os dois grupos precisarão um do outro para garantir o serviço no Brasil inteiro, ou seja, tanto nas capitais quanto no interior.

Fornecedores

A Unifique ainda não escolheu seus fornecedores para a rede 5G. O processo deve ser realizado durante o primeiro trimestre de 2022.

“O momento é de estudo. Não temos pressa. A rede 5G terá que se integrar ao nosso core de banda larga fixa e à bilhetagem dos nossos sistemas”, explica. “O 5G é muito complementar como recurso de telecom para nós. Não vem para substituir a fibra. Estamos preocupados com a integração, com a transparência e em como esse core vai conversar com a nossa infraestrutura atual”, conclui.

 

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