saúde

A Mooh Tech, criadora de um passaporte digital de vacinas, pretende avançar pelo Brasil no segmento corporativo com seu aplicativo Chronus i-Passport (Android, iOS). Dirigida pelo fundador Everton Cruz, que desenvolveu a aplicação quando trabalhava na Microsoft em 2011 e depois teve spin-off em 2013 (após o fim do Windows Phone). A empresa tem parceria com a administradora do Trem do Corcovado, no Rio de Janeiro, e apoiou eventos como GP Brasil de F1 e HSM Expo.

“Não cobramos do governo para evitar corrupção. Já trabalhamos com segurança pública com carteirinha de comissionamento, onde é legal. Tenho empresa que contratou para colocar para fazer gestão vacinal (Covid-19 e H1N1). Em outro modelo, o usuário baixa o app e tem premium com assinatura anual com descontos”, explica Cruz. “No segmento de eventos, o corporativo nos contrata para evitar absenteísmo”, completa.

Atualmente com 16 milhões de usuários no mundo, o app informa também se a pessoa está com outras vacinas em dia, como gripe e febre amarela. Cruz explica que pretende chegar aos 100 milhões a partir do mercado brasileiro.

“Queremos consolidar a Mooh Tech em eventos e futebol. E, em 2022, queremos mostrar que criação de bolhas é a melhor forma de conviver”, afirmou, ao lembrar que tem parceria com Abrafarma e CBF. “Já desenvolvemos para todas as vacinas, mas ainda não ativamos. Toda segunda-feira conversamos com a OMS para saber as recomendações, inclusive sobre terceira dose. Disponibilizamos (novidades) caso a caso”, acrescenta.

Vale notar que a companhia é mais conhecida na Europa e nos EUA. Seu app foi usado pelos governos locais de França, Estônia, Inglaterra, Alemanha e Israel, como white label e sem cobrança. Em grandes eventos mundiais, o app foi usado no Super Bowl e Web Summit de Portugal.

O app tem dois modelos, do consumidor e da empresa. Na versão do consumidor (destinado aos convidados de eventos, por exemplo), a pessoa adiciona suas informações e se cadastra para entrar em um evento. No modelo da empresa, o funcionário escaneia o QR Code do celular do consumidor e libera após confirmar as duas doses, após 14 dias de quarentena, ou teste.

“Sobre a evolução da plataforma, vamos criar um modelo de proteção de saúde (prontuário), mas que as pessoas possam comeaçar a imputar dados. Pode inserir dados com opt-in. Esse prontuário eletrônico da saúde será seu (do usuário) e poderá compartilhar com o médico para ver seu histórico”, prevê.

 

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