O 5G tem requisitos de segurança diferenciados das gerações anteriores. Por isso, há uma pressão geopolítica global, que começou nos tempos de pandemia, e que acabou prejudicando o debate. “Houve uma perda de tempo de debate técnico. No Brasil, tentamos deixar este debate o mais técnico e isento possível. Nossos pressupostos são a proteção da sociedade, os requisitos técnicos e agnósticos quanto a empresas”, disse Victor Hugo Rosa, coordenador geral de Segurança da Informação do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), em evento online promovido por Teletime em parceria com a chinesa Huawei, nesta quarta-feira, 26.

Rosa explicou os requisitos mínimos de segurança cibernética nas redes no Brasil em 5G – e tentou justificar a polêmica que apontaria uma possível exclusão da chinesa do time de fornecedores do 5G em virtude de uma orientação dos Estados Unidos. “Não há vedação à empresa. A única limitação de parte do GSI foi o domínio dos equipamentos de mercado”, afirmou, tentando afastar os rumores de que o governo brasileiro suspeita de espionagem por meio da Huawei.

Segundo ele, este ponto não se endereçou a países específicos – apesar de a empresa chinesa estar excluída da lista de fornecedores para a rede privativa do governo. “A questão foi mais mercadológica: tentar evitar o aprisionamento tecnológico. Não endereçamos a nenhum país específico, não houve blacklist”, observou. “Se algum fornecedor se sentir prejudicado, sempre tem os sistemas de defesa da concorrência para recorrer”.

 

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