Ataques em dispositivos móveis impactaram 7% das organizações brasileiras em dezembro de 2021, um número bem superior à média global de 1,4%. Em recente conversa com Mobile Time, Oded Vanunu, especialista de segurança da Check Point Software, frisou a periculosidade desses ataques por meio de dispositivos móveis.
“Com um impacto quatro vezes superior ante a média global, os malwares mobile trazem um sério risco aos brasileiros, seja em proteção de dados pessoais no smartphone ou redes corporativas para as quais o dispositivo pode servir como brecha, se não observado direito”, disse o executivo.
Vanunu explica ainda que ransomware e trojan bancários e de criptomoedas são os aplicativos que mais estão crescendo em uso pelos atacantes. No mobile, três malwares figuram entre os dez mais usados no mundo hoje (aqui disputa lado a lado com malwares de PCs). São eles:
AlienBot – uma família de malware que oferece Malware as a Service (MaaS) para dispositivos Android que podem injetar códigos maliciosos am apps financeiros legítimos, de modo permitindo ao atacante acessar as contas financeiras da vítima e até controlar o dispositivo;
xHelper – criado em 2019, esse malware se esconde no celular da vítima e pode baixar apps maliciosos, exibir campanhas de publicidade. Depois de fazer o estrago, consegue se auto apagar;
FluBot – é uma botnet (rede de bots, na tradução livre para o português) que alcança o usuário via phishing por SMS. Uma vez instalado no celular da vítima, após o usuário clicar no link malicioso (que geralmente é enviado se passando por empresa de delivery ou entrega), o FluBot tem acesso a todas as informações sensíveis do handset.