Zro Bank

Equipe do Zro Bank no Recife (crédito: assessoria)

O Zro Bank (Android, iOS) quer caminhar para um modelo de Crypto as a Service (CaaS ou cripto como serviço). Em conversa recente com Mobile Time, o CEO da fintech, Edisio Pereira Neto, explicou que o conceito de CaaS é similar ao Banking as a Service (Baas), com a fintech servindo de provedor de serviços de criptomoeda para empresas interessadas em entrar neste universo.

“Podemos atender qualquer app ou e-commerce que queira oferecer compra e venda de criptomoeda. Temos mais de dez projetos em implantação com CaaS. As APIs estão prontas, depende apenas do roadmap de cada empresa”, diz Pereira Neto.

O plano da startup de pagamentos é crescer neste segmento a partir da maturidade das criptomoedas no País. Para isso, o Zro Bank planeja contratar pessoas de compliance que tenham bom trânsito em órgãos reguladores, como a CVM, mas também em TI, marketing, growth, dados e design.

“O mercado cripto está se consolidando. Está no início, apesar de existir há alguns anos. Acredito que esse mercado será regulado entre 2022 e 2023. Tem muito player aventureiro, mas tem os profissionais chegando no Brasil, como a Binance”, complementa.

Cripto em tudo

Edisio Pereira Neto, CEO do Zro Bank

Edisio Pereira Neto, CEO do Zro Bank (crédito: divulgação)

Os primeiros frutos do avanço da fintech em cripto ocorre por meio de conversões de bitcoins em reais. A companhia registrou R$ 3 bilhões de Exchange em seu primeiro ano completo, 2021, o que rendeu R$ 13 milhões em receita.

A partir deste movimento, Pereira Neto explica que pretende fazer uma nova rodada de investimento que deve ocorrer no primeiro semestre de 2022. Contudo, o executivo afirma que está à procura de um investidor que abra portas para a fintech: “Nos preocupamos muito em ajudar a consolidar esse mercado. Por isso procuramos um investidor de smart money”, conta.

Atualmente, o Zro Bank tem 350 mil downloads, 110 mil contas e 30 mil clientes ativos por mês. Negociando apenas bitcoins, a fintech se prepara para expandir a oferta de câmbio cripto e adicionar mais de 60 moedas neste mês de março.

Outras frentes

Além do cripto, Pereira Neto explica que há outras duas áreas que planeja trabalhar: câmbio (moeda tradicional) e gamer. Dessas categorias, o CEO conta que apenas as transações com criptomoedas tiveram avanços.

“Câmbio, nós oferecemos menos IOF e melhor câmbio que os grandes bancos. Em games, nós queremos trazer moedas de jogos para o banco. Temos contatos com grandes jogos. Para moedas que têm mercado paralelo, nós queremos transacionar com cashback”, afirmou. “O Zro Bank quer expandir para esses três pilares em receita. Queremos ser menos dependentes da transação cripto e ser mais ramificados”, completou.

Outra tecnologia que está no radar do Zro Bank é o NFT. O executivo disse que avalia trazer algumas moedas baseadas na tecnologia para o rol de câmbio digital do banco.

 

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