A Allied registrou um lucro líquido de R$ 255 milhões no último ano, incremento de 52% ante R$ 167,5 milhões de 2020. De acordo com relatório financeiro da empresa divulgado no fechamento do mercado na última terça-feira, 29, a receita de vendas foi de R$ 5,8 bilhões, alta de 23% contra R$ 4,7 bilhões do ano anterior.
O principal meio de vendas da companhia foi a distribuição de produção, com 75% (R$ 4,3 bilhões) do total da receita, seguido por digital, com 16% (R$ 927 milhões); e varejo físico, com 9% (R$ 459 milhões), ainda em recuperação das atividades presenciais.
Os gastos operacionais subiram 10,5%, de R$ 468 milhões para R$ 517 milhões, devido à busca da empresa por um processo de eficiência operacional mais ajustado. O lucro operacional da Allied foi de R$ 374,5 milhões, crescimento de 38,5% contra R$ 270 milhões de 2020. E o EBITDA aumentou 35%, de R$ 329 milhões para R$ 444,5 milhões.
Insights operacionais
Segundo a companhia, o seu market share em smartphones no Brasil terminou em 8% em 2021. Os dispositivos móveis são o principal produto da distribuidora, representando 52% do total de vendas no quatro trimestre de 2021, mas teve queda de 2 pontos percentuais devido à redução de receita na categoria e ao aumento de vendas de outras linhas de produtos, como computadores, videogames, linha marrom (TV e som, por exemplo), linha branca (geladeira e ar-condicionado) eReaders e wearables.
Vale lembrar que a Allied é a principal parceira na distribuição de handsets e wearables de Samsung, Xiaomi, Google e Apple no Brasil, além dos videogames Playstation da Sony.
Considerando todos os produtos, a Allied vendeu 9,6 milhões de peças no último ano, 10% a menos que em 2020. Ainda assim, o crescimento da receita é refletido pelo alta de 35% no tíquete médio, que chegou a R$ 731.
A companhia possui 38 lojas online (principalmente Mobcom), 248 pontos de venda físico (maioria da Samsung), cinco centros de distribuição e 2 mil colaboradores. Vale lembrar que seu IPO ocorreu em abril do ano passado.