Neoenergia

Ricardo Leite, superintendente de smartgrids da Neoenergia. Foto: Marcelo Kahn

| Publicada originalmente no Teletime | Com a abordagem de rede própria, a distribuidora Neoenergia testa aplicações com 4G em Atibaia (SP). Mas a empresa, que já tem um núcleo dedicado a telecomunicações, enxerga potencial para mais acessos, sobretudo com espectro mais baixo e, consequentemente, maior cobertura.

“Na nossa visão, a gente precisa explorar melhor as frequências sub-giga. Estamos olhando mais o alcance, não temos a necessidade de banda do 5G”, declara o superintendente de smart grids da Neoenergia, Ricardo Leite, durante o Fórum das Operadoras Inovadoras, evento organizado por Mobile Time e Teletime nesta terça-feira, 5. Ele afirma que a faixa de 410 MHz merece atenção, especialmente depois da afirmação do superintendente de espectro e órbita, Vinícius Caram, na semana passada.

Leite reconhece, contudo, que essa frequência ainda está em uso por outros players, e que haveria uma necessidade de migração, processo considerado de longo prazo por ele. “Mas é uma discussão da qual utilities não falavam, e é um pouco nosso papel articular e olhar para isso.”

A distribuidora utiliza essa faixa nos testes em Atibaia, mas também está de olho em frequências de 2,3 GHz e mesmo a de 450 MHz, embora esta traga alguma carga do drama da devolução do espectro por parte das operadoras.

A questão é que nessas faixas mais baixas será necessário fomentar o ecossistema. “A gente chamou várias empresas para a POC [prova de conceito], inclusive a Qualcomm. Chamamos vários parceiros, e começou a descer a lupa para oportunidades”, afirma.

Não é uma tarefa simples. Diego de Aguiar, da Telefónica Tech, lembra que a Vivo já executou testes para uso da faixa de 450 MHz para o agronegócio. “Um dos pontos foi como fomentar o desenvolvimento com fabricantes de chipsets”, declara, lembrando que a escala é um aspecto a ser considerado, uma vez que impacta nos custos da operação.

 

 

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