As tecnologias antigas de redes celulares são o grande desafio para o desenvolvimento da Internet das Coisas (IoT) no Brasil. Um estudo feito pelo MEF com gestores de TI no Brasil alerta para a quantidade de dispositivos de IoT conectados em sistemas legados, em sua maioria 3G (89%), Wi-Fi (81%) e 2G (71%).
Ao entrevistar 450 líderes de TI em empresas de nove países, incluindo o Brasil, a pesquisa revela que o LTE NB-IoT é o único padrão entre os mais novos que aparece com alto percentual de uso (49%). Em seguida aparecem LTE-M/CAT M1 (32%), LoRA (23%), SigFox (11%) e outras formas de LPWAN (8%).
Vale lembrar que duas das três grandes operadoras brasileiras – TIM e Vivo – tem planos de desligamento conjunto do 2G e 3G no Brasil. Ou seja, pode existir um problema de aplicações ficarem sem conectividade. Recentemente, o CEO da Vivo, Christian Gebara, confirmou que a limpeza das faixas deve começar em 2022.
Em outro trecho da análise do MEF, 44% dos entrevistados brasileiros dizem que têm planos para usar o 5G nas aplicações de Internet das Coisas, contra 28% que pretendem avaliar a quinta geração, 18% que imaginam usar em breve e 10% que não têm planos.
Fornecedores
As operadoras de telefonia são as fornecedoras mais confiáveis para os entrevistados. Avaliados em notas em uma escala de 1 a 5, sendo 1 a mais baixa e 5 a mais alta, as operadoras receberam 4,5 de nota, seguidas pelas empresas especialistas em IoT (4,2); fabricantes de dispositivos (4), integradores (4), provedores de conectividade (3,9) e provedores de cloud (3,9).
Os critérios que os executivos brasileiros mais usam para avaliar os fornecedores são: modelo de negócios e contrato (72%); inovação tecnológica (70%); suporte técnico (68%); histórico de sucesso (62%) e casos de uso de sucesso (48%). Percebe-se ainda que custo (22%) e recomendação (10%) não são fatores determinantes para contratar um fornecedor de IoT.