Em comunicado à imprensa, o Governo do Estado do Rio de Janeiro informou que a L8 Group, vencedora do leilão de instalação de câmeras portáteis nos uniformes das forças de segurança, adiou as instalações dos equipamentos. A companhia solicitou 20 dias de adiamento, alegando questões operacionais.
Nesta fase de implementação, a L8 Group deveria instalar câmeras portáteis para o uso de 2,19 mil policiais militares de dez batalhões da capital.
O Governo do Estado comunicou que entrou com processo de aplicação de penalidade.
Em resposta, a empresa paranaense listou uma série de explicações em uma nota de esclarecimento enviada a Mobile Time e informou que o adiamento no contrato foi feito em comum acordo entre as partes em reunião realizada nesta semana entre a empresa e representantes da gestão estadual.
Entre os motivos está o enfrentamento de dificuldades técnicas relacionadas à infraestrutura de rede, o que foge da competência da empresa. “A L8 enfrentou enorme dificuldade com a infraestrutura das operadoras para atender os batalhões com os links de dados necessários, alguns estão situados em lugares onde não há abrangência por parte das operadoras, como Bonsucesso (zona norte do Rio de Janeiro).”
Vale lembrar que a companhia faz uso da rede da Vivo para o tráfego de dados, mas que eles poderiam mudar de operadora de acordo com a cidade, a depender da cobertura móvel nas diferentes regiões do estado.
Outro ponto citado foi a solicitação por parte do governo de algumas personalizações que não estavam previstas no contrato. A L8 Group diz que todas foram “prontamente atendidas”, porém, as atualizações demandam tempo para serem desenvolvidas. “Inclusive a própria gestão responsável por um outro contrato autorizou a prorrogação e reconheceu o empenho da L8 em realizar as customizações, que vale ressaltar, não geraram nenhum custo ao Estado.”
“Além disso, lembramos que a implantação de câmeras corporais em agentes de segurança é o maior projeto de monitoramento por câmeras corporais da América Latina. Sendo assim, trata-se de um serviço de alta complexidade que exige realinhamentos constantes em questões de software, hardware e treinamento humano operacional e ainda sofre interferência de fatores externos como infraestrutura de telecom, que exige adequações regionais, a cargo de terceiros”.
“A companhia vem trabalhando de forma incansável para o sucesso do projeto, não medindo esforços para fornecer um excelente resultado e assim irá continuar durante todo o contrato”, acrescentou.
A L8 Group disse ainda que foram firmados nove contratos entre o Governo do Estado e a empresa, totalizando 9 mil câmeras. “Destes, apenas um contrato, que contempla 96 câmeras, ou seja, pouco mais de 1% teve um pequeno atraso por motivos externos que fogem do controle da contratada.”