A Superintendência de Seguros Privados (Susep) autorizou a Pier (Android, iOS) a ser a primeira insurtech a operar fora de seu sandbox regulatório. A seguradora passa a operar no bloco S3, o grupo com empresas com até 0,2% de mercado e 0,9% em prêmios, segundo resolução CNSP nº 388 2020.
Com o aval, a companhia poderá atuar em qualquer segmento de seguros – antes estava limitada às definições do projeto de inovação. Segundo Bárbara Possignolo, diretora legal de compliance da Pier, a aprovação permitirá que a empresa se consolide como uma plataforma completa no mercado de seguros.
Atualmente, a companhia oferece seguros de proteção para celulares e automóveis. Igor Mascarenhas, CEO e cofundador da Pier, relata que a “autorização definitiva permite abrir o leque de produtos” para atender mais a demanda do consumidor brasileiro, como fizeram com reembolso instantâneo e cobertura de furto simples em handsets.
Vale lembrar que a seguradora digital foi a primeira empresa autorizada no ambiente experimental em dezembro de 2020, e agora torna-se a primeira empresa fora da “caixa de areia” regulatória.
De acordo com relatório financeiro publicado junto à Susep em fevereiro deste ano, a Pier terminou 2021 com prejuízo de R$ 42 mil.
Sandbox
Com o objetivo de reduzir custos e burocracia ao consumidor, esse ambiente de testes permite que insurtechs possam atuar por três anos com menor custo de regulação, o que permite manobrabilidade para inovar. O sandbox regulatório da Susep teve duas turmas até o momento.
A primeira turma de selecionados foi em 2020. Teve a Pier e outras dez empresas:
- 88i;
- Coover;
- Emotion;
- Flix;
- IZA;
- Komus;
- Mag;
- Split Risk;
- Stone;
- Thinkseg.
Em 2021 foram 21 novos participantes, são eles:
- Clubflix;
- Darwin;
- Finx;
- Fulô;
- InnTech;
- Inteligente;
- Justos;
- LTI;
- Mee;
- Modelo;
- Neo;
- Novo;
- NW;
- Oon Digital;
- Pet Seguros;
- Picsel;
- Rede;
- Rodoseg;
- Titi;
- Trocafone;
- Urbantech.