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O fundador do Telegram, Pavel Durov, fez as contas e publicou em seu canal dentro do mensageiro: se conseguir converter entre 2,5% e 3% dos usuários do app em assinantes da versão premium, o Telegram vai conseguir cobrir inteiramente os seus custos sem a necessidade de outras fontes de receita. “Isso representará uma nova era centrada no usuário na história dos serviços de mídia social”, escreveu o executivo.

Considerando que o Telegram tem 700 milhões de usuários ativos mensais, conforme informado pela empresa, 3% da base são 21 milhões de assinantes. A mensalidade do Telegram Premium gira em torno de US$ 5, variando um pouco dependendo do câmbio em cada mercado. Multiplicando esse valor por 21 milhões de assinantes, a receita mensal seria de US$ 105 milhões, o que é suficiente para cobrir os custos operacionais da empresa, segundo Durov.

Análise

Até hoje, nenhuma rede social ou plataforma de mensageria para o usuário final conseguiu se sustentar com a assinatura de seus usuários. Todas buscaram outras fontes de monetização, como publicidade (Facebook, Instagram, Twitter) ou venda de recursos e funcionalidades para empresas (WhatsApp). Se o Telegram obtiver sucesso nessa empreitada, será um feito inédito.

De acordo com a mais recente pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre mensageria móvel no Brasil, o Telegram está instalado em 60% dos smartphones brasileiros. O app vem crescendo rapidamente no País: um ano atrás estava em 45% dos aparelhos.

 

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