Em uma carta endereçada a nove dos parlamentares republicanos, o CEO do TikTok (Android, iOS), Shou Zi Chew, detalhou como a empresa planeja separar os dados de usuários estadunidenses da ByteDance, a empresa chinesa controladora do app de vídeos.
Chew também explicou o plano do TikTok de hospedar dados de usuários norte-americanos em servidores Oracle, um plano relatado pela primeira vez pelo BuzzFeed News no mês passado.
“Sabemos que estamos entre as plataformas mais examinadas do ponto de vista de segurança e pretendemos remover qualquer dúvida sobre a segurança dos dados dos usuários dos EUA”, escreveu Shou Zi Chew na carta, datada de quinta-feira e obtida pelo The New York Times.
As medidas tomadas pela empresa para lidar com as preocupações de segurança de dados incluíram uma iniciativa chamada “Projeto Texas”, uma série de protocolos para restringir o acesso a dados sendo criados em coordenação com o governo dos EUA, escreveu Chew.
O TikTok ainda não havia divulgado o esforço devido à confidencialidade de seu envolvimento com o governo dos EUA, “mas as circunstâncias agora exigem que compartilhemos algumas dessas informações publicamente”, escreveu Chew.
O CEO, no entanto, ele não negou que funcionários baseados na China tivessem acesso a dados de usuários dos EUA.
“Funcionários fora dos EUA, incluindo funcionários da China, podem ter acesso aos dados de usuários do TikTok nos EUA sujeitos a uma série de controles robustos de segurança cibernética e protocolos de aprovação de autorização supervisionados por nossa equipe de segurança dos EUA”, escreveu ele.
O nível de aprovação necessário para tal acesso seria baseado na sensibilidade dos dados em questão, acrescentou Chew. A Oracle também estaria envolvida na triagem de solicitações de acesso para “validar a conformidade” com os novos protocolos.
Chew escreveu em sua carta que a empresa nunca foi solicitada a entregar dados de usuários às autoridades chinesas. “Não fornecemos dados de usuários dos EUA ao [Partido Comunista Chinês], nem faríamos se solicitados”, disse ele.
FCC
A carta foi endereçada aos senadores republicanos Marcha Balckbum, John Thune, Ted Cruz, Shelley Moore Capito, Steve Daines, Roger Wicker, Roy Blunt, Jerry Moran e Chynthia Lummis.
Nesta semana, o TikTok também esteve na mira da Comissão de Comunicação Federal (FCC). Dessa vez do comissário – e também republicano – Brendan Carr, que enviou cartas a Apple e Google pedindo a exclusão do TikTok de suas lojas de aplicativos. Apesar do pedido do representante da FCC, a entidade não tem poderes para remover aplicativos do país.