Números de celulares, associados aos nomes de seus respectivos titulares, são comercializados na dark web por uma média de US$ 10 cada um, ou cerca de R$ 54. É o que aponta pesquisa realizada pela NordVPN, especialista em cibersegurança, que levou em consideração a venda ilegal de 720 mil informações pessoais, movimentando aproximadamente US$ 17,3 milhões (R$ 93,3 milhões).
As vendas de número de celular correspondem a 7% dos dados vendidos na dark web identificados pela pesquisa. A maior parte desse tipo de roubo é de credenciais de acesso a streaming (61%), redes sociais (8%), jogos (3%), portais de universidade (1%) e outros serviços (20%).
Alguns países em que o número de celular de uma pessoa pode ser comprado por US$ 10 incluem Austrália, Alemanha, Arábia Saudita, Canadá, Catar, Emirados Árabes Unidos, Itália, Reino Unido e Sérvia. Números celulares de consumidores norte-americanos, por sua vez, eram vendidos por US$ 4,50. Não consta da pesquisa a venda de números celulares do Brasil. Em outras categorias, no entanto, o País apresenta um dos valores mais baixos de comercialização de informações. Os preços variam de US$ 6,54 (R$ 35,11) para o número de um cartão de crédito, até US$ 10 (R$ 53,70), para um e-mail.
Os dados de contas, nos quais números de celular estão inclusos, são 12% de tudo que é comercializado pela dark web. Considerando todos os tipos de informações, quase metade (43%) corresponde à venda de documentos pessoais, como carteira de motorista, passaporte e identidade. Depois, vêm as informações financeiras (39%), e dados de e-mails e senhas (6%).
O dado mais caro presente na lista é o passaporte da República Tcheca, que chega a custar US$ 3.800 (cerca de R$ 20.410). Por outro lado, o mais barato é o número do cartão de crédito da Etiópia, que pode ser comprado ilegalmente por apenas US$ 0,30 (R$ 1,61).