As startups brasileiras captaram US$ 235,6 milhões em julho em 38 rodadas. Os números apontam uma tendência de queda – já registrada em junho – nos investimentos nessas empresas na comparação com o mesmo período de 2021. Os dados são do estudo Inside Venture Capital, da plataforma de inovação Distrito, em parceria com o Bexs Banco. No acumulado de janeiro a julho, foram US$ 3,3 bilhões captados em 2022, frente a US$ 5,7 bilhões em 2021 e US$ 1,3 bilhão em 2020.
Vale lembrar ainda que, em julho do ano passado, as startups captaram um total de US$ 483 milhões em 52 rodadas.
O tíquete médio das rodadas pré-seed, seed e série A tiveram aumento em 2022, ao passo que as rodadas de série B e C registraram queda em relação a 2021. Dá a entender que as empresas nos estágios iniciais sofreram menos impacto do que as startups em um estágio mais avançado.
Em julho, o setor de real estate (mercado imobiliário) foi o que mais levantou, totalizando US$ 75,5 milhões. Mas quase todo o volume veio de uma única captação, da Goodstorage. Na sequência aparecem as fintechs, com US$ 58,9 milhões, e as startups ESG, com US$ 41,7 milhões – também neste caso quase tudo advindo da mesma rodada, a captação de US$ 40 milhões da Carbonext. Em número de deals, por outro lado, as fintechs ainda aparecem em primeiro, com seis aportes, seguidas pelas healthtechs (cinco) e as retailtechs (quatro).
Fusões e aquisições
Com relação ao número de fusões e aquisições envolvendo startups, o estudo do Distrito detectou crescimento. Foram 21 M&As em julho, contra 17 em 2021. No total, foram 139 transações este ano. Os primeiros seis meses de 2021 registraram 134. As fintechs representam a maior parte, cerca de 21% dos negócios do ano. Startups de saúde e educação representam cerca de 11% do total cada.