óculos inteligente

O vestível possui câmeras, alto faltantes e microfone. Imagem: reprodução de vídeo da Central de Segurança e Inteligência

O município de São José dos Campos/SP testou recentemente óculos de realidade aumentada e inteligência artificial entre membros da força de segurança – polícias militar e civil, Guarda Civil Municipal, e de Mobilidade Urbana. O vestível foi emprestado pela empresa Complexys para a festa de aniversário da cidade, no dia 27 de julho. Ao todo, quatro agentes utilizaram o wearable.

Os óculos possuem cinco câmeras, possibilidade de reconhecimento facial, leitor de placa de veículos (OCR), alto-falantes e microfone e permite a comunicação com uma central – no caso de São José dos Campos, é a Central de Segurança e Inteligência. Assim, o operador técnico dentro do CSI pode enviar informações aos agentes atuando no evento e vice-versa. Ou seja, o agente pode captar as imagens e transmitir para a CSI e a central retorna com informações sobre o indivíduo. Os óculos podem transmitir e enviar áudio e vídeos.

Para a transmissão de dados existem duas possibilidades: armazenamento em HD do óculos ou conectar um SIMCard de uma operadora para transmitir via rede celular, em tempo real. Neste caso, a empresa parceira, no caso, a Complexys, deve fornecer a conexão a partir de uma parceria com uma operadora. Por outro lado, seria possível também usar a rede de Wi-Fi da cidade que, de acordo com Bruno Santos, secretário de Proteção ao Cidadão da Prefeitura de São José dos Campos, atende ao propósito.

De acordo com Santos, os óculos são instrumentos que funcionam bem para grandes eventos, que envolvam aglomerações. Isso porque o vestível prende a atenção do agente e ele deve atuar sempre com alguém que não esteja utilizando o dispositivo, para garantir a sua segurança. Mas, de todo modo, o dispositivo foi aprovado pelo secretário, que deverá usar em outra ocasião para adquirir alguns exemplares no modelo SaaS.

No momento, a secretaria prepara o edital de locação de oito a 12 óculos inteligentes. A previsão de Santos é que até o final deste ano os vestíveis estejam sendo utilizados.

“Estamos estudando quantidade versus custos. Não temos a intenção de alugar para todos os agentes porque ele perde a noção de espaço enquanto usa o equipamento. Ele serve para questões pontuais, como, por exemplo, na arena esportiva multiuso. Se coloco um agente com os óculos junto com um parceiro, aquele com o vestível é capaz de ler os rostos das pessoas”, explica Santos. “Os óculos vão trazer assertividade e agilidade para o CSI”, resume.

 

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